quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Primeiros Resultados| First results






Uma das grandes diferenças entre o meio marinho e o meio terrestre, é que em terra é relativamente fácil de ver e contar os animais e plantas, enquanto no oceano é bastante mais dificil.  Se desconhecemos o que se encontra debaixo de água, o que podemos fazer? Primeiro é preciso saber as caraterísticas da água (se é quente, se é densa, se é muito ou pouco salgada). Para isso faz-se um CTD.  Este instrumento é usado para determinar a condutividade (C), temperatura (T) e profundidade (do Inglês Depth; D) do oceano, em que garrafas são fechadas a determinadas profundidades e recolhem amostras de água dessa região. Para o nosso estudo de metais pesados, estamos a usar água onde a quantidade de clorofila (que se encontra dentro das plantas) é maior e aos 500 metros de profundidade, onde os valores de clorofila serão muito baixo. Assim, ao filtrar estas amostras vamos poder saber a quantidade de metais pesados nas quando há muita ou pouca clorofila. 

 





Depois de sabermos as caraterísticas da água, o próximo passo é conhecer que animais marinhos vivem lá. Usamos diferentes tipos de redes para apanhar diferentes tipos de animais. Por exemplo, para apanhar pequenos organismos na coluna de água usa-se MAMOTH. Este instrumento é um conjunto de 9 redes com uma malhagem muito fina (de 300 microns) usada verticalmente. As nossas primeiras redes apanharam maioritariamente larvas de camarão do Antártico, salpas, muito fitoplâncton, e alguns crustáceos (copépodes, anfípodes) em pouca quantidade. Estes organismos foram guardados para futuras análises. Estamos agora exatamente a 60º Sul e 47º Oeste. Várias espécies de predadores de topo alimentam-se nesta região. 


 












 
Diz-nos isto com toda a certeza pois temos colegas nossos nas colonias de algumas espécies (Otárias do Antártico, pinguins gentoos e pinguins de Barbicha) a colocar GPS nos animais. As viagens de alguns pinguins de barbicha está abaixo. A nossa colegas Claire Waluda está a coordenar um website (www.bas.ac.uk/project/krill-hotspots) e um twitter (@clairewaluda and @BAS_News) da expedição, particularmente relacionado com os predadores. O nosso objetivo é assim comparar o que encontramos no oceano com o que os nossos colegas estão a encontrar na dieta dos predadores.  Temos também alguns colegas a bordo de um barco Norueguês que esta a pescar camarão do Antártico nesta região do oceano austral, o que nos ter outro termo de comparação para os nossos resultados. Com esta intensidade de trabalhos passámos a trabalhar 12 horas seguidas, das 6 da tarde às 6 da manhã, horário da noite. Sim, aqui apesar de estarmos a 60º Sul, há algumas horas de noite (entre as 10 da noite às 3 da manhã). E porquê lançar as redes a estas horas? Porque no período da noite muitos animais vêm das profundezas para se alimentar junto à superfície (< 200 metros de profundidade), o que nos permitirá aumentar as nossas probabilidade de os apanhar nas redes. Estamos a falar particularmente de peixes, lulas e o zooplâncton (como o camarão da Antártida). Assim, com estes pequenos passos estamos a conhecer melhor a biodiversidade Antártica.  O nosso próximo objetivo é usar redes maiores para apanharmos organismos marinhos maiores, como peixes e lulas, além do camarão do Antártico em quantidades significativas…estamos ansiosos!

 

 

One of the main differences between the marine and the terrestrial environment is that in land is relatively easier to see and count animals and trees (at least the obvious one’s), whereas in the odcean is much harder to see anything beneath the surf. If we do not know what is in the ocean, what can we do? Well, first, we need to study the porpoertieso f the water (e.g. if it is cold or warm, if it’s dense or salty).  For that, we use CTD, and instrument commonly used in oceanography to determine the conductivity (C), Temperature (T) and Depth (D) of the Ocean, in which bottles are closed in certain depths to collect water from that region. For our study in trace metals, we use water where chlorophil is higher and at 500 meters (where the values are naturally low). By filtering these samples of water, we will start to know the quantity of trace metals and where they are located. After learning about the propoeties of the water, we wish to leaern more about the animals that live in the Southern Ocean. We use a range of nets that catch marine organisms in the water column. As an example, the last few days we used MAMOTH, a multinet instrument with a net with 300 microns used vertically. We have been catching small Antarctic krill, salps, fitoplancton, and small crustaceans (copepods, amphipods) in small quantity. These have been ketp for further analyses in the laboratory. We are exactly now at 60S and 47 W, where numerous predators feed. We know this because some colleagues of ours are GPS tracking chinstrap gentoo penguins and Antarctic fur seals. The trips shown are from chinstrap penguins. Claire Waluda, who is also onboard with us, is coordinating a website (www.bas.ac.uk/project/krill-hotspots) and twitter (@clairewaluda and @BAS_News), wheere yuo can obtain further information. Our goal is to relate what our research cruise compare our  data, with tohse collected onboard of an Norwegian fishing vessel and with where the predators have been going. Now we are on 12 hour shifts, working particularly at night, when fish and other organisms come closer to the surface. With these little steps, we are learning more about Antarctic marine biodiversity. Bigger nets will follow to catch bigger marine organisms, in higher quantities....we are getting excited!

 Jose Xavier & Jose Seco

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá bom dia,

Sou uma das intervenientes que ontem esteve convosco em directo a partir da Escola Secundária de D. Duarte em Coimbra. Foi uma bela experiência, obrigada pela vossa disponibilidade. Fazemos votos de que tudo corra bem e a partir de agora vamos acompanhar a vossa "aventura" científica aqui pelo blog! :-) Parabéns!

Alexandra Amaral

Jose Xavier disse...

Querida Alexandra Muito obrigad por esta mensagem!!!! Que bom saber que gostaste. Beijinho grande da Antartida Jose Xavier (e Jose Seco)

Paulo Silva disse...

Olá boa tarde, aqui do Algarve um grande abraço.

Estou a acompanhar o vosso trabalho e falo aos alunos da importância do vosso trabalho.

Bom trabalho caros amigos.

Paulo Silva



Jose Xavier disse...

Muito obrigado Prof. Paulo!

Forte abraco para o Algarve

Com Saudades

Jose