terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Investigação Antárctica 2009 - Antarctic Research 2009


No dia 17 de Dezembro 2008 foi divulgada a maior campanha científica portuguesa que será levada a cabo na Antárctica, já a partir de Janeiro próximo, com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (MCTES), na Fundação Caixa – Culturgest (Lisboa).



O Comité Português para o Ano Polar Internacional realizou várias apresentações das actividades e organização da maior campanha científica portuguesa na Antárctica, que contará com o envolvimento de várias universidades e institutos de investigação nacionais.


O meu trabalho para 2009 será de 10 meses , o mais longo para um programa português de investigação, que involverá 2 cruzeiros cientificos no mar de Scotia (Fev-Março até Abril) e depois trabalho de campo na Ilha de Bird Island (Antárctica) até Novembro 2009. Os estudos focarão em compreender o funcionamento da cadeia alimentar do Oceano Ántarctico em relação às alterações climáticas, com estudos de toda a cadeia alimentar (com enfase para os peixes, pinguins e albatrozes). Tal como eu, Gonçalo Vieira e Paulo Catry falaram sobre os seus planos de trabalho sobre permafrost e comportamento animal, respectivamente. Todas as palestras foram muito bem recebidas e com muito interesse dos media presentes (RTP, TVI, JN, CM, Público,...).


O Programa Polar, lançado em Dezembro de 2007, consiste num conjunto de medidas, financiadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (MCTES), que visam apoiar de forma estruturada o desenvolvimento da ciência polar nacional. Para além de financiamento público, o ProPolar tem contado com importantes fontes de financiamento, nomeadamente com o apoio da Caixa através de programas de bolsas de investigação, do Programa Gulbenkian Ambiente, dos CTT e Agência Ciência Viva.


O evento também contou com a apresentação da “Nova Geração de Cientistas Polares”, financiada pela Caixa Geral de Depósitos, na mesma cerimónia pública do Programa Polar Português (ProPolar). No total, a Caixa Geral de Depósitos, através do programa Caixa Carbono Zero, apoiará seis jovens investigadores, incluindo a jovem investigadora Silvia Lourenço na minha equipa, que serão integrados em grupos nacionais que fazem investigação na Antárctica.


Que bom ver a nossa ciência polar a crescer tão saudavelmente!


Antarctic polar research plans for Portugal 2009
On the 17 December 2008, it was announced the biggest polar research plan ever for Portugal. In 2009, Portuguese scientists will be involved in research programs that will be from Earth, atmospheric and marine sciences. Will a lot of media cover, 3 major talks were given on the research plans for 2009. Gonçalo Vieira mencioned his work on permafrost, Paulo Catry on albatross research and I (José Xavier) in marine sciences in relation to climate change. From the beginning of the International Polar Year, it is estimated that Portugal gathered 1.6 million euros for polar research. The future of portuguese polar research continues to grow stronger.

sábado, 11 de outubro de 2008

Verão Antárctico











Olá a todos!








Tem sido um periodo muito ocupado. Nestes meses, tem havido numerosas viagens em trabalho que tempo tem sido escasso. Férias nem vê-las mas quando se gosta do que se faz....








Após Junho, fui a uma fantástica conferência que reunia, pela primeira vez na história, cientistas que trabalham no Árctico com aqueles que trabalham no Antárctico, na conferência IASC/SCAR (International Arctic Science Council/ Scientific Committee for Antarctic Research), em St. Petersburgo. Ai tive 5 apresentações, que incluia falar com os grandes responsáveis pelo Ano Polar Internacional, falar sobre a minha ciência, do nosso trabalho educacional em Portugal e numa workshop sobre jovens cientistas e o seu papel na ciência polar. Foi uma semana muito ocupada mas muito boa.








No fim de Julho fui ao ESOF 2008, uma conferência europeia que reune cientistas de topo, politicos e os media. O grande objectivo é por up-to-date sobre os presentes desafios que a ciência europeia atravessa. Foi fascinante conhecer vencedores do Nobel, membros do parlamento europeu, e conhecer alguns dos cientistas espanhois que fazem ciência polar. A convite do International Programme Office do Ano polar internacional, apresentei as razões do sucesso de Portugal no Ano Polar, que correu muito bem.








Em Agosto e Setembro foi voltar a Inglaterra, onde em Cambridge passei o Verão a analisar amostras recolihdas no úlitmo cruzeiro na Antárctica. Estive particularmente interessado em avaliar diferenças entre a distribuição e biologia de espécies de peixe polares, pois alguns deles são muito pouco conhecidos mas que têm um papel importante no ecosistema marinho.








Agora é regresso a Portugal por uns tempos....

quarta-feira, 4 de junho de 2008

AVENTURAS POLARES

É verdade!!!!

















Alguns dos amigos americanos comigo após subirmos uma montanha...

Desde Abril que a correria tem sido muita. No inicio de Maio, tive o privilégio de ir a NEW GENERATION OF POLAR RESEARCHERS (NGPR) SYMPOSIUM, que reuniu alguns dos melhores jovens cientistas nos Estados Unidos. Este simpósio foi patrocinado pela National Science Foundation dos USA e felizmente foui seleccionado para ir. Foram 3 palestas, 1 posters, muito trabalho e o privilégio de estar com cientistas que estiveram no último Ano Polar Internacional. Foi um grande privilégio!!!!



















No meio de Maio a equipa do LATITUDE60! (programa educacional Português para o Ano Polar Internacional), levou 30 estudantes (vencedores do concurso "à descoberta das regiões polares") e onde se mostrou como a região da Serra da Estrela pode ser semelhante às regiões polares. Foram 3 dias brilhantes com workshops no campo, palestras e muita alegria!


















Já no fim de Maio (31 Maio - 1 Junho), organizamos o "FIM DE SEMANA DA CIÊNCIA POLAR" no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Esteve presente o director do International Polar Office do Ano Polar Internacional, Prof. Dave Carlson. O nosso objectivo era entrar em contacto directo com o público de modo a conhecerem melhor os cientistas portugueses polares e a ciência que fazem , de um modo alegre, descontraido e divertido, através de numerosas actividades. Foram muitas actividades dirigidas ao público (exposições, palestras), às crianças (Domingo foi o Dia da Criança) com teatro e experiências sobre as regiões polares, mostra de filmes polares, concurso de jogo de computador "gosto do frio" e até um concerto de música (com os Hit & Run, banda com um dos membros (Hugo) ser um vencedor que foi connosaco à Serra da Estrela!).







O sucesso foi estrondoso, com 6000 pessoas no pavilhão do conhecimento, batendo o recorde em mais do dobro de participantes do Pavilhão de sempre!


"Since April, it has ben pretty busy, with gonig to the USA for the New Generation of Polar Researchers (NGPR), sponsored by NSF. It was a privilege to be there. In mid May I went to Portugal´s highest mountain as LATITUDE60! (Portuguese educational Program for the International Polar Year) organized a weekend with students to teach them on how polar science can be seen also in our biggest mountain. Workshops and talks were given. It was truely fun. Finally, by the end of may, LATITUDE60! organized a Polar Science weekend, at the Pavillion of Knowledge in Lisbon, in which Prof. Dave Carlson (IPY-IPO director) was present. Two days of sharing polar experiences with the pulbic (lots of schools around!), workshops, talks, theatre plays, films, and even a rock music concert (one of the member of the band , Hit & Run, was a winner in our contest "Discovering the polar regions"). The Pavillion broke their record of attendants, to more than 6000 people in a day (previous records was 2800 people)."

sábado, 26 de abril de 2008

Lançamento do livro "Uma Aventura" (book launch)



























No dia 15 de Março foi lançado o livro "Uma Aventura...no Alto Mar", o numero 50 de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães. Estas simpáticas escritoras começaram a escrever os livros "Uma Aventura..." em 1982. O interessante é que o livro foi feito em colaboração com cientistas polares...




















O lançamento foi um sucesso. A ideia veio da Prof. Clara Rocha que as contactou sobre a possibilidade de fazer uma aventura polar. Eu e o Gonçalo tivemos várias conversas sobre como é fazer ciência polar numa perspectiva portuguesa, a importância da ciência polar para o planeta Terra, e como seria importante chegar algumas das nossas aventuras pessoais para os mais novos. Foi bom ter lido os livros "Uma Aventura..." quando criança e agora, 20 anos depois, estar a dar ideias para um e conhecer as autoras pessoalmente...um sonho!




















O livro não só me levou à Antárctica, como também me fez viver algumas das muitas aventuras que tive. E ter tido o privilégio de estar na própria aventura? Brilhante! Toda a história dos 5 está muito bem construida e elaborada. Com um humor único e uma sensibilidade fantástica das autoras, somos facilmente levados a estarmos sempre ao lado das gemeas, do Pedro, do João e do Chico nesta aventura.





















Aqui temos a professora Madalena Mota com as autoras para a sua cópia autografada. Os seus alunos agradeceram certamente. Na parte final do livro existe uma secção importante sobre "o que é real na história". Aqui pode-se ler informação importante sobre as regiões polares, o Ano polar Internacional e a ciência portuguesa, tudo bem recheado com fotografias nossas.


Por fim, gostaria apenas de deixar um beijo à professora Cristina Teixeira (em baixo) e os seus alunos da D. Maria Pia (Casa Pia de Lisboa) pelos excelente filmes que nos têm proporcionado. É com este sorriso deste miudo que vos deixo hoje...Boas leituras!!!










"There was a launch of a children´s book in Lisbon on the 15 March, in which 5 children are taken to the Antarctic and undertake a number of adventures. The authors, famous in Portugal, Ana Maria Magalhães and Isabel Alçada, are considered to be the "Enid Blyton" of Portugal. The storyline was created through conversations with polar scientists and whose book was a huge success!"

segunda-feira, 14 de abril de 2008

REFLECÇÕES SOBRE A VIAGEM













Regressei da Antárctica há semanas mas sinto que ainda estou lá quando acordo. O som das ondas do mar polar, a beleza rara dos icebergues, a curiosidade dos pinguins... elas ficam na memória por muito tempo.Desta vez, foram 8 semanas onde estive num cruzeiro científico a bordo do navio James Clark Ross a fazer ciência polar marinha, dentro do Ano Polar Internacional (API), um programa cientifico e educacional sobre os pólos.



Este programa reúne mais de 50 000 cientistas de cerca de 60 países de todo o mundo. Neste cruzeiro foram 26 cientistas de países de todo o mundo, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Eslovénia, Alemanha e claro, Portugal. O nosso país têm cerca de 20 cientistas a trabalhar no pólos e está a participar neste programa pela primeira vez na sua história e conta com o apoio e colaboração de numerosas instituições educacionais portuguesas.Como Português foi uma aventura polar constante.




O mais espantoso é perceber como o tempo voa. Sempre é verdade quando se diz que quando se está a fazer o que se gosta, a noção do tempo se altera para acelerar a velocidades próximas à da luz.Eu tive a oportunidade única de investigar como o Oceano Antárctico pode ser afectado pelas alterações climáticas. Como? Estive a recolher amostras de 3 áreas bastante diferentes dentro do Oceano Antárctico (a sul junto ao Continente Antárctida no meio do gelo, no meio do Oceano Antárctico sem gelo e na fronteira do Oceano Antárctico com águas mais quentes a norte) e caracterizar que animais vivem nestas áreas. Geograficamente, estive no Mar de Weddell rodeado de gelo e fui até a norte da Geórgia do Sul.



Isto é muito interessante pois até agora, muitos estudos têm investigado partes do Oceano Antárctico e assume-se que os animais que aí vivem estão distribuídos por todo o lado. Nós já tínhamos indícios que pinguins, focas e baleias se alimentavam de espécies diferentes mas faltava confirmar se isso devia-se a eles estarem a alimentar-se em áreas diferentes ou aos pinguins ou focas escolherem aquilo que querem comer. Assim, usei vários tipos de redes de pesca para estudar o que existe no Oceano Antárctico nessas diferentes áreas e a diferentes profundidades. Os resultados preliminares mostram que existem reais diferenças de abundância de animais (muito óbvio nos peixes) de acordo com a latitude, o que nos leva a crer que caso as águas do Oceano Antárctico aqueçam, diferentes espécies podem ser mais afectadas e não todas ao mesmo tempo como se suponha até agora. Ou seja, deixou todos os cientistas fascinados!!!!!Já fui à Antárctica 5 vezes, e todas foram muito especiais.



Desta vez teve a particularidade de ter estado pela primeira vez na vida num navio onde vários dias estive rodeado de gelo. Imaginam ter o mar todo à vossa volta todo branco, rodeado de icebergues gigantes e gelo? Sim, tirei fotos e tentei recordar tudo ao segundo na memória mas nada se compara a estar lá ao vivo. Mais, muitas vezes vi o nascer do sol, com cores nunca vistas, com albatrozes e baleias a fazer-nos companhia. Numerosas vezes as baleias andavam em redor do navio. Aí, tive a sensação de os animais estarem a olharem para nós e a perguntar "Quem são vocês?". Era como estivesse no Zoomarine mas desta vez eram os animais a nos observar e a ficarem fascinados. Momentos maravilhosos, esses...Neste cruzeiro, tive também ocasiões de ir a terra, algo que é raro nos cruzeiros científicos pois andamos sempre muito atarefados. Estive na Ilha Signy, onde o Reino Unido tem uma base científica. Ai estive com amigos cientistas Ingleses e Japoneses que trabalham com pinguins. Conversamos muito sobre os pinguins e claro estive com os elefantes-marinhos e lobos-marinhos. Como eles raramente vêem pessoas, é muito fácil estar próximo deles.


A segunda ocasião foi na Geórgia do Sul, em Grytviken. Foi num dia magnífico, sem vento e com temperaturas amenas para a Antárctica. Tive a oportunidade de estar com pinguins-rei, visitar a antiga estação baleeira e de prestar homenagem ao Sir Ernest Shackleton, um verdadeiro explorador polar, junto à sua sepultura.Ainda recentemente senti que, ao acordar, ainda estava na Antárctica. Na verdade, viajo lá todas as noites...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Palestra em Lisboa! (Seminar in Lisbon)




























Acabei de regressar!



Caso estejam por Lisboa, terei uma palestra que é inserida dentro do ciclo de conferências "Na fronteira da Ciência" da Fundação Calouste Gulbenkian.


Esta palestra será no dia 26 de Março às 18 horas no Auditório 2. Para mais detalhes ir a





























Entretanto ficam aqui as últimas impressões da minha viagem, após a chegada às Ilhas Falklands. Quando cheguei a estas Ilhas, o dia foi passado a tratar de limpar tudo, colocar todos os aparelhos no seu lugar no convés pois já não serão necessários até ao próximo ano. Depois fui visitar um pouco da Ilha em redor de Stanley, a capital das Ilhas Falklands, com 1200 habitantes. ...e tive algumas surpresas.




































Nesta capital quase toda a gente tem um jeep e vivem em vivendas (ver em cima). Apesar de ser Verão lá, as temperaturas são por volta dos 10 graus...daí termos numerosas colónias de penguins e ainda haver um certo sabor ao Antárctico. Tive a surpresa de ver os penguins de Magalhães (altura máx. 70-76 cm, 3-6 kg de peso), em honra ao nosso explorador, e que se reproduzem aqui ou mais a norte (Brazil por exemplo)... já as àguas do Oceano Antárctico já são frias demais para eles. Lindos, não são?












(Did not mention the Falkland Islands. After we arrived from Antarctica, we stayed there for a couple of days before returning to UK. While there we had the privilige to walk around and check Surf Bay and Gipsy Cove, where Magellan penguins are common. If you are around Lisbon, check out the seminar on the 26th March 2008 at 6pm, at the Foundation Calouste Gulbenkian www.gulbenkian.pt/fronteiradaciencia/)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A partida...The starting point

Latitude:-51.99
Longitude:-54.55


















Estamos prestes a chegar às Ilhas Falklands e estou com um ar de pessoa que acabou de vir de férias: largo sorriso, olhos a brilhar e pronto para regressar ao (mais) trabalho. Fim? não...isto é o começo... vai ser bom voltar a ver os amigos, a família e o nosso mar Português, mas as saudades da Antárctica já começaram...













Ontem estava a falar com amigos durante o jantar do cruzeiro sobre como estas 6 semanas paradisíacas voaram, como trabalhar intensamente valeu a pena. As amostras estão recolhidas, muitas já foram analisadas, outras irão no navio para Inglaterra….a ciência continuará!


















Escrever este blog também foi um grande prazer. O meu grande objectivo foi sempre informar, motivar e divertir…e para isso, eu próprio tinha de passar por estas emoções. Espero que tenha conseguido transmitir um pouco do que é estar num cruzeiro científico, mostrar que os cientistas são pessoas normais, e que Portugal e a ciência Polar Portuguesa estão de parabéns no Ano Polar Internacional.



















Peripécias neste cruzeiro houve muitas. Fica aqui o testemunho do meu azar com equipamento electrónico. No meu caso foi a minha Pen USB (bloqueou), o meu computador (foi a hard-drive) foram-se abaixo e a minha câmera de filmar esteve por um fio (vá lá, o Jim Fox deu uma vista de olhos e voltou a funcionar)…quando um dos motores do navio deixou de funcionar já olhavam para mim com uma cara sorridente como a dizer “José, espero que não tenhas ido visitar a casa das máquinas!”


Aqui ficam uns dados interessantes sobre a viagem…
26 cientistas
2700 de milhas naúticas estudadas (5000 km)
mais de 1000 pessoas viram o blog (no período de um mês)
29 países de todo o mundo estiveram connectados a este blog (top 10 por ordem de importância….Portugal, Reino Unido, Brazil, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, França, Japão, Itália e Canadá) dos 7 continentes!


Um palavra de agradecimento a todos que leram o blog, que o comentaram (casos da Fátima, Helena, Lygia, Edgar, Fernando, Cristina, Isabel, Gina Couto, Samuel, Emanuel, Afonso, entre muitos outros), onde se inclui muitos educadores, amigos, professores e alunos de varios paises. O meu sincero obrigado!

Muito obrigado a todos. Foram a minha alegria!!!!!
Dia 19 vamos para Inglaterra e dia 22 regresso a Portugal por uma semana...

PS Manterei esta página activa para manter-vos informados sobre o trabalho realizado por Portugal nas regiões polares.










(We are about to arrive at the Falkland Islands and I have a look of somebody that just came for vacations: big smile, shinning eyes and ready for work! Is this the end? Oh, no...this is just the beginning. It will be great to see friends, family, the students but I am already missing Antarctica. Been with king penguins 2 days ago and it seems it was a long time...yesterday I was talking to friends here and we realized how time flew away so fast....6 weeks gone. Here's a few numbers: 26 scientists, 2700 nm covered (5000 km), more than a 1000 people saw the blog (on for a month), 29 countries from all over the world have been connected to this blog (top 10: Portugal, UK, Brazil, USA, Spain, Germany, France, Japan, Italy and Canada) from the 7 continents! Thank you so much for reading the blog. It has been a privilege sharing my adventures with you. We will departure the Fakland Islands on the 19 February. I will keep this page active to keep everyone informed of our research work! Adeus)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

As pessoas e Rachael!!!! (The people and Rachael!)

Latitude: -52.86
Longitude:-46.47

Rachael Shreeve












Sim, é com as pessoas amigas e família com quem podemos realmente sentir uma total sintonia em conseguir partilhar momentos únicos. Isso é quase verdade também quando falamos do nosso cão, piriquito ou gato, e quando bem eles nos compreendem. Nesta viagem, as aventuras foram tantas e com tanta gente, que elas vão ficar obrigatoriamente ligadas à minha experiência Antárctica, incluindo aquelas que lêem o blog. Nesta expedição, tive como companhia 25 cientistas, e mais muitos tripulantes. Conheci uns melhores que outros, mas tenho amizade por todos eles. Aqui ficam as suas “carinhas larocas”…e se conseguirem achar-me, parabéns:)

















No entanto, durante a viagem existiu uma pessoa com quem trabalhei que merece destaque, pois possivelmente poderá o seu último cruzeiro e existe sempre uma certa nostalgia…Dr. Rachael Shreeve da British Antarctic Survey!

Ano 2008, 1994 e com o Jon (a sua cara metade)
















































Rachael é daquelas pessoas bem formadas, simpáticas, inteligentes, prácticas e com uma boa disposição que muito se assemelha à minha. Este foi o seu 14 cruzeiro cientifico ao Oceano Antárctico, sempre a estudar aqueles organismos pequenos muito importantes no mar, zooplâncton!!!! Abaixo estão algumas fotos da sua carreira e da presente expedição. Em grande Rachael!!!!

Rachael com MUITA fome!













A trabalhar com Peter Ward














Rachael e o nosso pessoal a estudar a melhor tactica de usar os aparelhos cientificos de pesca











Rachael e Rowan














A vista da nova casa em Cumbria, Reino Unido... bonita vista!













("It does not matter where you are but who you are with." I agree. It is sharing the moments with the people you love or care about that makes moments unforgetable. In this cruise, I had so many adventures, and with so many different people, that they will be remembered for many years to come , including with those that actively participated in the blog with their comments. In this cruise, I was with 25 other scientists, plus the cruise crew, and although I met ones better than others, I made a nice friendship with all of them. Of all the people I worked on the ship, one is worth mentioning because this is probably her last cruise...Dr. Rachael Shreeve of the British Antarctic Survey. Rachael is an intelligent, hard working, practical and very funny, always with positive thoughts about life...great to have around, especially on stormy days when I thought the ship was going to sink. In total she has been in 14 Antarctic expeditions and seen it all. Time flies so fast...)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Grytviken

Latitude: -53.54
Longitude:-39.83












Imaginem um dia daqueles em que tudo corre 5 estrelas...bem, foi ontem!!!!! Mil desculpas pela oportunidade perdida de vos dizer alguma coisa sobre ontem mas…sabendo que vos quereis que eu tire máximo partido desta experiência, o melhor é fazer como a minha Mãe diz “aproveita tudo e depois quando tiveres tempo conta. Nós esperamos!”. Daí, a grande maioria das vezes em que vos escrevo é quando já toda a gente está a dormir, o sol já se pôs…e aí, escrever-vos sempre com alegria, pois não estou a perderr nada e ajuda-me a reflectir sobre tudo isto. Em cima pinguins rei a aproveitar o sol...em baixo a sinueta de um lobo marinho.

















Ontem foi um dos melhores dias do cruzeiro…não imaginaria que em 24 horas teria estado com pinguins rei, elefantes marinhos, rezar numa igreja, ter feito escalada, ter estado no cemitério onde Sir Ernest Shackleton está enterrado e partilhar momentos com amigos num dia de Sol Antárctico que nunca tinha tido….compreendem agora porque não deu tempo? Para mais, ontem à noite era eu e o Nathan a organizar um quiz show, actividade muito Britânica de perguntas e respostas, que durou a noite toda…exausto no fim da noite portanto. Daí, ter preferido descansar e hoje vos dizer (com mais um sorriso rasgado) aquilo que foi este extraordinário dia na capital da Geórgia do Sul, Grytviken (que tem 4 pessoas que oficialmente moram lá, o resto são cientistas ou touristas pessoas que estão aqui temporariamente!!!!). A vista da baía onde Grytviken está é esta...
































Na Terça-feira à noite, estavamos ao largo de Grytviken, com ventos fortes, e o capitão Graham e o cientista Geraint Tarling informou-nos que se este vento se mantivesse não iriamos a terra e partiriamos directamente para as Ilhas Falklands, logo de manhã do dia seguinte. Surpresa das surpresas, o vento baixou, o James Clark Ross atracou e às 9 da manhã, foi-nos anunciado que teriamos tempo para ir a terra até às 4 da tarde, pois havia uma questão com um dos motores que os engenheiros precisavam de ver. Imaginem: um dia de Sol fantástico, sem vento, poucas nuvens, um calorzinho bem bom (15 graus Celcius, o que é muito bom para o Antárctico). Todos a bordo ficamos delirantes com a notícia!!!! Abaixo Sophie Fielding e Gabriele Stowasser a desfrutar da vista...


































Após uma breve mensagem da representante do Governo da Geórgia do Sul para nos dar as boas vindas, partimos à aventura pela Ilha. Eu e a Nina Bednarsek decidimos ir ao longo da praia para estar com os animais mais de perto, mas sempre com a preocupação de não incomodar demasiado. Tivemos com elefantes marinhos (podem chegar aos 5.5 m e mais de 2 toneladas), penguins rei (chegam quase a 1 metro de altura e aos 16 kg de peso) , lobos marinhos (podem chegar aos 2 metros e 200 kg) e sempre rodeados por uma paisagem Linda com glaciares, montanhas, colónias de pinguins aqui e ali. Os sons eram apenas dos animais e o leve som do vento a passear pelo arvoredo…são daqueles minutos e horas que nos faz bem à alma e parece que nos dão muitos anos de vida!






































(Remember some of the best days of your life? Well, this was it for me. I did not managed to send a message yesterday because simply there was a big surprise. Captain Graham and the Principal Scientific Officer Geraint Tarling informed us that we would stay in Grytviken for a few hours. For us was a very nice surprise because the wind was quite strong the previous day and it seemed that we would live South Georgia without getting ashore in Grytviken. Everybody was so happy! It meant that we could go "explore" a bit of the area. Miss Emma Jones, the South Georgia Government representative, gave us a very nice speech that emphasized on the beauty of South Georgia and how we should preserve it the best way we can, so that others can enjoy it after us. With these few hours in hands we saw elephant seals, king penguins, visit the grave of Sir Ernest Shackleton, prayed in the Church, visited the Museum and walked a couple of hours to the top of a hill in which you could see Penguin River. Those are the moments in which hours can give you extra years to your life...this was it!)