domingo, 19 de setembro de 2010

Desde Março muito tem acontecido| Since March, a lot has been happenning

A escrever a partir de Cambridge (Reino Unido)
Writing from Cambridge (UK)


















José Xavier na conferência de Oslo/José Xavier in IPY Oslo Conference




O tempo voa quando nos estamos a divertir. No meu caso, tem sido um combinar de muito trabalho. Após a reunião de jovens cientistas polares em Março, houve uma reunião de cientistas em Abril, em Lisboa, onde o Ministro Mariano Gago esteve presente e mostrou a sua satisfação do trabalho realizado por toda a comunidade cientifica polar portuguesa nestes últimos 3 anos. Deixou uma questão "Digam-me o que desejam para o futuro?" e de momento estamos a conversar o que poderá ser viável. Em Junho, houve a conferência do Ano Polar Internacional, em Oslo (Noruega), onde dei 10 (dez!) apresentações orais, participei numa workshop e até deu tempo para ser entrevistado pela BBC sobre o livro que escrevi (http://www.antarctica.ac.uk/about_bas/publications/books.php) sobre a identificação de lulas no Oceano Antárctico.





















Xavier & Cherel (2009). Cephalopod beak guide for the Southern Ocean. British Antarctic Survey. 129pp




Depois houve outra conferência em Torino (European Science Open Forum) onde organizei uma sessão, a conferência da Sceintifc Committee for Antarctic Research (1 apresentação e representar Portugal em vários comités), uma conferência no Canadá (World Seabird Conference), e muito trabalho de laboratório em Cambridge.




















Jovens cientistas na Conferência da SCAR em Buenos Aires 2010/ Early career scientists at SCAR conference in Buenos Aires 2010

E estamos em Setembro...percebem o porquê de sentir que o tempo voa...mas a ciência polar não pará também. Muito bom trabalho tem saído ultimamente, e após muito trabalho no campo no ano passado, agora a maior parte do trabalho é continuar sempre com um sorriso:) Mais novidades em breve!

PS. Obrigado pela mensagem Helena!!!!

Time flies when we are having fun! From March, after the workshop organized at Coimbra University, we had a meeting on polar research, in which the Portuguese Minister for Sceince and Higher Education was present, and acknowledged the great work that Polar researchers have been carrying out during the International Polar Year (IPY). In June, I attended the IPY Science Conference in Oslo, presenting 10 orals presentations (plus others as posters or co-author of other oral presentations). In July, I organized a session at the European Science Open Forum (ESOF) and in August, attended the Scientific Committee for Antarctic Research (SCAR) Conference in Buenos Aires, where I represented Portugal in various committees. In September, I went to Victoria for the World Seabird Conference, presenting my book on cephalopod beaks for the Southern Ocean, extremely useful for feeding ecology studies for seabirds of the Southern Ocean. No wonder time flies....

terça-feira, 23 de março de 2010

Semana Polar Internacional

Olá a todos!


Os meses voam! À pouco tempo estive novamente a partilhar as sensações de fazer ciência poar na Antárctica. Isto porque estive dentro da organização da SEMANA POLAR INTERNACIONAL que teve lugar entre 15-19 Março 2010. O objectivo foi reunir países de todo o mundo sobre o tema "como as regiões polares nos podem afectar a todos". Portugal esteve em grande:

1- Enquanto estava em Cambridge estive numa reunião por telefone com membros do comité internacional polar e com professores da Universidade da Zâmbia, em Africa. Foi brilhante partilhar como todos nós, independemente de onde estivermos (em Portugal, Reino Unido ou Zâmbia), todos nós tinhamos uma sensação da presente importãncia das regiões polares. Na Zâmbia, os que os preocupa com as alterações climáticas são os efetios crescents da malária, da diminuição de milho, o aumento das epocas da chuva e os bufalos serem uma das espécies que mais são afectados.

2- Organizei uma workshop workshop para jovens cientistas portugueses com o objectivo de estabelecer prioridades para o futuro. Após o Ano Polar Internacional, as oportunidades para os jovens cientistas aumentaram grandemente....correu muito bem!




















3- Encontro para promover a leitura com a escola EB 2,3 Prof. Dr. Ferreira da Silva de Vila de Cucujães. Com a iniciativa de promover a leitura enquanto se aprende sobre as regiões polares. José Xavier e Gonçalo Vieira contribuiram para "Uma Aventura no Alto Mar" de Isabel Alçada e Ana Magalhães e onde possibiltou levar os famosos 5 até à Antárctica. A reunião, por skype levou a numeros e interessantes questões sobre as regiões polares, sobre as alterações climáticas, sobre o livro e com o é ser cientista polar. Uma bela tarde!!!!



















Mais novidades para breve!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que fazem os pinguins no Natal| What penguins do in Christmas?

A escrever a partir de Coimbra
Writing from Coimbra (Portugal)















(Pinguins rei na Geórgia do Sul| King penguins at South Georgia)


O que fazem os pinguins no Natal? Essa foi a grande questão por resolver nesta semana no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, entre 22 e 31 de Dezembro, onde respondi às perguntas dos mais jovens sobre a fauna, o impacto do aquecimento global e também explicar os detalhes das últimas expedições.

O Pólo Sul é um continente maior do que a Europa, está coberto de gelo e só agora os cientistas, graças às novas tecnologias, estão a conseguir desvendar os seus segredos mais profundos. A Antárctida está a despertar cada vez mais o interesse da comunidade científica mundial, sobretudo por ser uma das principais vítimas do aquecimento global. A Antárctida é uma região única no planeta. A grande maioria da vida depende do mar e a diversidade de espécies é elevada, muito mais do que se julgava nas últimas décadas. Além de pinguins, o continente gelado dá abrigo a várias espécies de focas, elefantes marinhos, otárias e albatrozes, mas também ao maior animal que sobrevive apenas em terra é do tamanho de um alfinete: o piolho Cryptopygus antarcticus.









(Pinguins Gentoo em Bird Island| Gentoo penguins at Bird Island)


No Museu da Ciência, as crianças descobriram tudo sobre estes animais e também ver um vídeo sobre uma das minhas expedições. Nestes encontros as crianças tiveram a oportunidade de ver e tocar penas de pinguins, experimentar o equipamento usado nas expedições e ver os pequenos aparelhos utilizados para saber onde é que os pinguins e os albatrozes vão procurar alimentos.










(Pinguins Macaroni em Bird Island| Macaroni penguins at Bird Island)

Das seis expedições que fiz, três foram a bordo de um navio oceanográfico e outras três (incluindo a última, da qual regressou em finais de Novembro) centraram-se numa ilha da Antárctida, um trabalho que já se traduziu em várias publicações em jornais internacionais da especialidade. Os meus estudos têm como principal objectivo estudar a forma como os pinguins e os albatrozes estão a adaptar-se ao aquecimento global.

As crianças foram uma autêntica fonte de conhecimento e fiquei agradavelmente impressionado com aquilo que já sabem. Quando estou a falar com os mais pequenos, tento me divertir tanto como eles e adorei partilhar todas aquelas horas...

Então, o que fazem os pinguins no Natal? Estão super atarefados em se reproduzir...