domingo, 12 de fevereiro de 2017

A viagem para Nova Zelândia | Voyage to New Zealand



ANTARCTIC RESEARCH: TRIP NZ 2017
















 


Esta época de trabalho de projetos relacionados com a Antártida tem sido a voar. Fazendo as contas: com a co-coordenação da expedição do Mar de Ross e Kerguelen (José Queirós acabou de chegar a Wellington, após ter estado a bordo de um navio Australiano), a expedição da Geórgia do sul e Frente Polar Antártica (a bordo com José Seco), a coordenação de recolha de amostras da dieta de predadores (particularmente albatrozes, pinguins e lobos marinhos) na Geórgia do Sul, este será o quarto projeto e a última viagem de trabalho relacionado com projetos Antárticos deste ano. E valerá a pena!















Esta será a terceira ida à Nova Zelândia (depois de 2013 e 2014), para colaborar com os meus colegas do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA), particularmente David Thompson, na bonita cidade de Wellington. Novamente ouvi as mesmas frases: “Mas a Nova Zelândia fica do outro lado do mundo, não fica?”, “Eu também quero ir!” e “Tu não páras um minuto no mesmo sítio!”.  E se fizermos um buraco no chão, iriamos ter à Nova Zelândia, como a dizer que não poderia ir mais longe de Portugal. Pois é... e isso vê-se no tempo que demora lá chegar.
A viagem de avião, de Portugal a Nova Zelândia, demorará mais de 2 dias (partida às 10.40 da manhã de dia 8 de Fevereiro 2017 com chegada às 11 da noite do dia 10 de Janeiro; são 13 horas de diferença em fuso horário, com a Nova Zelândia com + 13 horas que em Portugal). O avião partiu a horas de Lisboa e estou-vos a escrever de Londres (Heathrow Airport). Depois vou para Singapura, Sidney e finalmente Wellington, a capital da Nova Zelândia. Sim, cheguei bastante cansado...mas com o sorriso de sempre.


Já vos consigo ouvir a perguntar: “e o que vais lá fazer?” Bem, o programa Antártico Nova Zelandês é muito forte e possui excelentes equipas a trabalhar na Antártida (a Catarina Magalhães também trabalha com o programa polar Nova Zelandês), logicamente devido à sua proximidade deste continente. Eu vou estudar os bicos das lulas e polvos (peçam lulas grelhadas e vejam a sua “boca”, lá encontram “dentes” semelhantes aos picos de papagaio) que os albatrozes (Diomedea antipodensis e Diomedea gibsoni) da Nova Zelândia se alimentam. 





Como estes albatrozes cobrem enormes áreas do Oceano Antártico, e águas adjacentes em redor da Nova Zelândia, à procura de alimento (incluindo muitas espécies de lulas), nada melhor que estudar as suas dietas. Estes dados são a parte do puzzle que falta, após o nosso estudo publicado anteriormente (Xavier, Walker, Elliot, Cherel, Thompson (2014) Cephalopod fauna of South Pacific waters: new information from breeding New Zealand wandering albatrosses. Marine Ecology Progress Series 513:131-142). Como cereja no topo do bolo, vou estar com o José Queirós (cientista polar, e também meu estudante de Mestrado da Universidade de Coimbra) no laboratório com Darren Stevens (NIWA) a analisar as suas amostras trazidas do Mar de Ross e de Kerguelen, após a sua expedição desde Novembro 2016. 


O nosso projeto CEPH 2017, envolve instituições de Portugal, Nova Zelândia, Reino Unido e França, com o apoio do programa polar português PROPOLAR, e estará a decorrer até ao fim de Março 2017!  Até lá, muitas aventuras para vos contar e muito trabalho no laboratório...com um grande sorriso!

 

















This season of Antarctic related projects has been going so fast. Let´s do the maths:

Co-coordenation of the expedition to the Ross Sea and Kerguelen (José Queirós is still onboard of the Australian ship), expedition to South Georgia region and the Antarctic Polar Front region (onboard with José Seco), coordination of the collection of samples of the diet of Antarctic top predators at South Georgia (particularly seabirds and seals), this is the 4th Project and the final trip related to Antarctic projects this year. And it will be worth it!

This will be my 3rd work trip to the beautiful New Zealand (after 2013 and 2014), to collaborate with my colleague David Thompson at the National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA), in Wellington. Again, I heard the same phrases from friends and colleagues: “But New Zealand is on the other side of the World, right?”, “I want to go too!” and “You never stay still!”. If we made a hole on the ground we would reach New Zealand, as saying “you can not go further away from Portugal than this!”. Indeed, this is easily checked by the time it takes to go to New Zealand.

The trip by plane, from Portugal to New Zealand, will take more than 2 days: departure at 10.40am of the 8th February 2017 and arrival at 11pm on the 10th of February; it´s 13 hours of difference, with New Zealand + 13 horas than in Portugal). The plane departured on time from Lisbon and I am writing you from London (Heathrow Airport). Then, I shall go to Singapure, Sydney and finally, Wellington, the capital of New Zealand. Yes, I will be very tired when I arrive...but with the same big smile of always.

I can already hear you:”What are you going to do?” Well, I will finish the Project that we started a few years ago. The New Zealand Antarctic program is very strong and possess excellent teams working in the Antarctic. I will be working on cephalopod beaks (from squid and octopods; do look to the “mouth” of the squid/octopus, in there you will find their “teeth” similar to parrot beaks) that New Zealand albatrosses (Diomedea antipodensis e Diomedea gibsoni) feed on. As these animals cover huge areas of the Antarctic and Pacific, nothing better than to study their diets. These data will be part of the puzzle that is mising, complemeting our previous published work (Xavier, Walker, Elliot, Cherel, Thompson (2014) Cephalopod fauna of South Pacific waters: new information from breeding New Zealand wandering albatrosses. Marine Ecology Progress Series 513:131-142). With the cherry at the top of the cake, I will be with José Queirós (Antarctic scientist and also my MSc student of the University of Coimbra) on the lab with Darren Stevens (NIWA) analyzing samples just brought from the Ross Sea and Kerguelen regions (José Queirós has been on his expedition since November 2016).

This Project CEPH 2017, includes institutions from Portugal, New Zealand, United Kingdom and France, with the support of the Portuguese Polar Prgoram PROPOLAR. It will be carried out until the end of March 2017!  Until then, many adventures to tell you and much work in the laboratory...with a big smile!!




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