sábado, 10 de dezembro de 2016

BAM - Expedição 2016-2017 / BAM - Expedition 2016-2017













Já estamos a caminho da Antártida! Ao contrário do ano passado, esta expedição vai ser durante o  Natal e a passagem de ano. Começou dia 5 de Dezembro com a ida para Cambridge, Inglaterra e em principio regressaremos a Portugal dia 20 de Janeiro 2017. Esta expedição, chamada BAM (Biological Antartic Metals, em português, Metais Biológicos Antárticos), tem como objetivo avaliar a presença de metais pesados no Oceano Antártico, particularmente na região da Geórgia do Sul e a região oceânica da Frente Polar Antártica (Antarctic Polar Front; onde as águas frias do Antártico se juntam às águas quentes vindas de norte)) que complementa o trabalho realizado no ano passado em redor das Ilhas Orcadas do Sul, que ficam mais junto ao continente. Porque é que isso é importante? Porque devido à Antártida ser muito grande, do tamanho aproximado da Europa, é necessário obter valores da poluição nas suas diferentes regiões e perceber a origem de elementos como o mercúrio (que com valores elevados, alimentos podem fazer mal à saúde): se está presente na natureza naturalmente ou não, e como se acumula nos diferentes animais que vivem no mar na Antártida.






 Num contexto de alterações climáticas, esta questão é particularmente importante pois as cadeias alimentares marinhas pode comportar-se de diferentes modos caso o ano tenha significativamente mais quente (anormal). Por exemplo, se for um ano anormal poderá favorecer determinados animais, como os copépodes (zooplancton), que por sua vez poderá transferir mercúrio de um modo diferente para animais no topo da cadeia alimentar. Como isso se processa? É isso que queremos perceber. Para isso iremos novamente recolher amostras ao longo de toda a cadeia alimentar, desde a água, passando pelos crustáceos, peixe, lulas e predadores de topo (como albatrozes) para avaliar a quantidade de metais pesados na cadeia alimentar marinha desta região do Oceano Antártico.




 Estamos particularmente interessados nas amostras que iremos recolher na Frente Polar Antártica, que é muito pouco conhecida e possui uma maior abundância de organismos e espécies…. Estamos agora a bordo do navio cientifico britânico James Clark Ross, onde eu (da Universidade de Coimbra e British Antarctic Survey), o estudante de Doutoramento José Seco (Universidade de Aveiro, Universidade de St. Andrews e colaboração direta da Universidade de Coimbra), com o apoio logístico da British Antarctic Survey e do Programa Polar Português PROPOLAR. Além da nossa ciência existem vários colegas que vão investigar coisas tão diferente como microplásticos a geologia marinha, com a ajuda dos tripulantes do navio, que iremos explicar nos próximos artigos. Quanto estiverem a dar mais uma garfada no bacalhau no Natal e um pé de dança na passagem de ano, pensem em nós. Bem vindos a mais uma expedição Antártica!!!!


We are already on our way to another Antarctic expedition!!! This time will be taking place during Christmas and the New Year. Our expedition started on the 5th December 2016 and is planned to finish by 20th January 2017. This expedition, named BAM (Biological Antarctic Metals), has the objetive of characterizing the presence of trace metals in the Southern Ocean, particularly in the region of South Georgia and of the Antarctic Polar Front (APF; the region where the cold waters of the Antarctic mixes with warmer waters from the north) that will complement the work of the previous Antarctic expedition around the South Orkney Islands (which is located further south). Why is this important?As Antarctica is so big (10% of Earth), from the approximate size of Europe, it is necessary to obtain information of pollution levels in their different regions and understand the origem of trace metals, such as Mercury (with high levels of mercury, food can be bad for your health): if it is present in nature naturally or not and how it accumulates in different animals that live in the Antarctic, In a context of climate change, this question is quite relevant as marine food webs may behave differently in abnormal years (e.g. in an abnormally warmer season, the conditions may favour certain organisms that accumulate more Mercury that are eaten up through the food web). Onboard of the Royal Research Vessel James Clark Ross, we shall collect samples from algae to top predators to assess the quantity of trace metals (including Mercury).  We are with a group of other scientists that will be studying from nanoplastics to marine geology, that we shall explain you later on...When going for another spoon of Christmas pudding, this of us J Welcome to another Antarctic expedition!!!!

Jose Xavier and Jose Seco

1 comentário:

DJONDISAMARTINHO disse...

Aos cientistas "ZÉS", bravos portugueses e aos outros que vos acompanham nesta maravilhosa e indelével pesquisas, bem longe na Antártida, o meu voto sincero de um bom trabalho nesta quadra, pese embora, longe das vossas famílias, amigos. conterrâneos e confortos do vosso lar. compartilho as minhas garfadas de bacalhau, rabanadas e outros mimos das regiões de cada um. Bom descanso no curto período da passagem de fim de ano e bom regresso, com saúde, PAZ e amor.
Saúdo-vos com um brinde de um bom espumante português - VIVA 2017 -
João Lopes "Djondisamartinho". Torres Vedras.