terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Estamos perto! (we are close!)

Latitude:-52.60
Longitude:-39.14

















Pois, o tempo voa...e já estamos a cerca de uma semana do termino da parte cientifica da expedição mas a nossa alegria de aqui estar não desarma. Agora todos queremos tirar o máximo partido de tudo: do ambiente Antárctico, dos amigos e colegas, dos dados que estamos a recolher…de toda a experiência! Abaixo, eu ir buscar mais uma amostra.



























Peter Ward e Rachael Shreeve no laboratorio a analisar uma amostra do plancton (pequenos organismos), apanhados pelo aparelho Longhurst-Hardy Plantkon Recorder (LHPR).





























Jon Watkins, Peter Enderlein e Martin Collins em busca de mais um biscoito enquanto a rede não chega...e tem sido muitas:)

































Estamos junto à Frente Polar Antárctica, mas na parte sul nas águas do Oceano Antárctico. Assim, ainda temos icebergues e albatrozes por companhia. Ontem ainda vi vários lobos marinhos apesar de tempo não ter estado muito propício para os ver. O ideal é mar sem uma onda, mas se houver pouco vento também é bom. Abaixo a minha melhor tentativa de apanhar um a mergulhar... acreditem, está ali mesmo debaixo de água.



























Isto é um lobo-marinho quando estão quietos em terra...

























Hoje, e para os próximos dias, vem um vento bastante forte e já nos estamos a preparar para a aventura do “para cima para baixo, para um lado, para o outro” que nem dá para andar correctamente. Assim, estamos todos concentrados na ciência. No meu caso, no laboratório a identificar e medir espécies que aparecerem nas redes…que vai desde peixe (o meu principal interesse) até crustáceos (camarão do Antárctico, por exemplo), lulas (temos tido umas muito bonitas! Outra paixão minha), alforrecas e medusas (para os amigos dos Açores quero dizer águas-vivas) e todo o restante zooplancton (pequenos animais que aparecerem na rede, sendo alguns bastante importante no ecosistema marinho Antárctico)….


Gabriele Stowasser a mostrar-nos a sua alforreca/medusa Peryphilla peryphilla
























Um membro crustáceo do grupo Ostracoda (Gigantocypris sp.) ...vejam os olhos! (faz lembrar o filme a Guerra das Estrelas)























E as lulas (da esq. para a direita): Bathyteuthis abyssicola, Galiteuthis glacialis e Slosarczykovia circumantarctica)....






















Quanto aos pinguins, eles estão por aqui também!!!!!

Ops…acabei de ser informado. Vem aí mais uma amostra. Huppiiiii!!!!!!


(Time flies and we are about a week of science to do . After that we will be heading to South Georgia for calibration work of devices using for acoustic surveys. So, everyone is trying to squeeze as much as we can from these last days: the Antarctic experience of being here, enjoy the company of friends and colleagues, and obtain the last samples...so a lot of work going on. We are still in Antarctic waters, south of the Antarctic Convergence, therefore plenty of icebergs and albatrosses to enjoy. I even tried to get a photo of a Antarctic fur seal jumping in the water but it was a difficult task! Regarding the penguins work, after today, we will be heading to a position where the king penguins are foraging, north of the Antarctic convergence, which will make everything even more exciting!)

4 comentários:

Fernando Lopes disse...

Oi J Xavier

Cá vai mais uma pergunta. Estou habituado a ver, em determiados períodos do Verão/Outono alforrecas na praia. Percebo pela cor, que não devem ter a ver com as da imagem. Lembro-me sempre da "caravela portuguesa", ao que li ou vi em filme,que terá consequencias para quem lhe tocar. A ser verdade, ocorre a mesma situação com aquela que está a ser manusiada pela sua colega?

Jose Xavier disse...

Ola Fernando

Boa questao!

As alforrecas que temos na praia podem causar irritacao na pele, e por vezes ate queimar. Dai ter algum cuidado. Se tiver mesmo curioso, pode tocar na parte do manto (a parte em forma de calice) e nao nos tentaculos. Este tem as celulas urticantes que causam essas irritacoes/queimaduras. No entanto, varia muito de especie para especie e muitas delas nao nos faz nada, como aquelas que a Gabrielle tem nas maos.

Apesar de serem quase 100% compostas por agua, as alforrecas sao animais miuto interessante e podem ascender aos 40 metros de comprimento com os tentaculos. Os tentaculos destenden-se para apanhar pequenos animais que ficam agarrados aos tentaculos (se for pequeno o suficiente e nao resistir ao choque que as celulas urticantes emitem, os animais sao capturados).

Grande abraco e obrigado pela excelente questao!

Jose

Isabel Magalhães disse...

A minha questão era a mesma do meu amigo Fernando, até porque me lembro de um documentário do canal Odisseia ou do National Geographic que mostrava uma praia da Austrália onde se toma banho com fato de mergulho por causa das colónias de alforrecas que causam queimaduras terríveis na pele dos banhistas.

Grata tb pela sua resposta.

[]

I.

Anónimo disse...

Olá José,

Cá estou de novo a dar o feed back das nossas crianças às suas notícias. Ficaram admiradíssimos com a comunicação via "storm"... o facto é que ficaram empolgadíssimos com as aventuras do "nosso cientista polar". Afinal, isto é mesmo a sério!!!

Não quis deixar de felicitá-lo pelo sucesso da missão e, obviamente, concordar consigo relativamente às maravilhas da paisagem. A julgar pela magnifica reportagem fotográfica... é lindissima!!! Deixa-me alguma inveja, mas... temos aulas para dar e não somos cientistas polares. Mas temos pena...

Fazemos votos para que a Giorgia compense a canseira e a viagem de regresso seja tranquila.

Um abraço, Lygia Braga