Longitude:-47.72
Atravessamos os 60 graus Sul de Latitude, a minha primeira vez!!!! Estou sentado na minha secretaria do meu quarto a redigir-vos esta mensagem....
A vista do quarto dá para ver um iceberg gigante mesmo à minha esquerda...que sonho!! Vou filmar...já volto!
Foi em grande!
Hoje foi o dia das experimentações dos aparelhos de investigação, após várias reuniões para acertar pormenores. Ted com o responsável deste cruzeiro, Geraint (à direita) a conversar como obter as amostras de krill para o Ted, que investiga comportamento de crustáceos.
Testámos as redes RMT25 (arrasto pelágico rectangular) com 25 metros quadrados de abertura que normalmente apanha peixe e camarão do Antárctico, ocasionalmente lulas, LHPR (Longhurst- Hardy Plancton Recorder) para apanhar pequeno zooplancton (organismos pequenos), Mockness (Multiple Opening/ Closing Net and Environmental Sampling System) que também apanha pequenos animais chamados zooplancton (até 3 mm) e mede temperatura da àgua, profundidade oxigénio (entre outros), CPR (Continuous plancton recroder), XBT (eXpendable BathyThermograph) para medir a temperatura desde a superficie até grande profundidades e muitos outros.
Peter com o seu CPR (Continuous plancton recorder), instrumento inicialmente desenhado para ser utilizado por navios mercantes, desenvolvido por Alister Hardy na Antárctica, 1925-27. Aqui é utilizado para apanhar pequenos organismos e algas, nomalmente junto à superficie.
O aparelho Longhurst-Hardy plancton recorder, a ser preparado por Peter Ward (à esquerda), Peter Enderlein (no meio) e Martin, antes de ir para o mar.
É fascinante estar rodeado de cientistas, cada um expecializado numa determinada àrea, desde pequenos organismos aos peixes (biológos marinhos), as correntes do mar (Oceanografo), à genética (geneticistas), cada um mais fascinado pelo seu trabalho do que o outro. A experiência de estar com eles, e também partilhar os meus conhecimentos, tem sido muito bom.
Aqui temos, Hugh (Oceanográfo), Libby (a estudar o efeito do dióxido de carbono no Oceano Antárctico), eu e a Nina (também a estudar os efeitos do dióxido de carbono mas nos animais marinhos) com o primeiro iceberg da viagem atrás!
De momento, continuamos em direcção ao gelo de modo a usarmos as diferentes redes de pesca e aparelhos para caracterizar o habitat junto ao gelo. Isto deve-se porque existem comunidades de animais marinhos que preferem o gelo para viver e queremos conhecer melhor essas àreas. Deveremos chegar ao ponto mais a Sul hoje.
Até amanhã!
(This is my first crossing and of the 60 degrees South. Pretty amazing seeing bigger and bigger icebergs, more and more Antarctic seabirds, seals and penguins...and getting colder and colder! As the preparations for the research almost ready, today we tested the different fishing gears...with people like Peter Ward, Jon Watkins, Martin Collins, Mike Whitehouse and Geraint Tarling showing us all the secrets that marine biologist should know)
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