A cadeia
alimentar marinha no Oceano Antártico é conhecida por ser geralmente
considerada pequena. Isto porque em 3 níveis tróficos (microalgas - Camarão do Antártico – Baleias) a energia da produção
primária (microalgas) poderá ser rapidamente transferida para o topo da cadeia
alimentar (Baleias). No entanto, esta noção tem sido questionada, pois poderá
ser mais complexa. Nos anos quando o
camarão do Antártico não é abundante, o
papel de peixe mictofideos parece aumentar, fazendo com que as microalgas
sejam consumidas por zooplâncton (que não camarão do Antártico, como por
exemplo copépodes), e estes por peixes e lulas, que serão presas para os
predadores de topo (incluindo Baleias, focas e pinguins).
Nos nossos estudos
temos vindo a identificar que estas mudanças na cadeia alimentar marinha pode
estar associada às alterações climáticas, com anos “bons” (com condições
favoráveis) com muito camarão do Antártico, e anos “maus” (com condições
desfavoráveis, como águas mais quentes) com pouco camarão do Antártico. Para
compreender melhor estes mecanismos, é preciso conhecer a biologia e a ecologia
dos animais que vivem no Oceano Antártico. Nestes dias apanhámos, com as redes MAMOTH
e RMT8, larvas de camarão do Antártico, mas também lulas e peixes. Estamos agora numa fase mais intensiva do
cruzeiro científico com um programa intensivo de amostragem, com a rede maior
(RMT25). Excitante, não!?
The Antarctic
marine food web is generally known to be small. With only 3 trophic levels (microalgae
– Antarctic krill – whales), the energy of primary production (microalgae)
could be easily transfered up to the top of the food web quickly. However, this
view has been questioned recently, as there is evidence that such 3 trophic
levels could hide a more complex food web interactions. In some years, when the
Antarctic krill is not abundant, the role of myctophid fish seems to increase,
with phytoplankton being consumed by zooplankton (excluding Antarctic krill),
such as copepods, and these be consumed by squid and fish.
These would be eaten
by top predators (including whales, penguins and seals). In our studies, we
already identified that these changes in the marine food web could be attributed
to climate change, with “good years” (with favourable conditions) with abundant
Antarctic krill, and “bad years” (with unfourable conditions, e.g. more warm
waters that usual) with little Antarctic krill. To learn more about the ecology
of Antarctic marine organisms, it is essential to catch them. In the days, using the MAMOTH and RMT8 nets, we
have found Antarctic krill larvae, fish, squid, between many others. We are in
a very intensive phase of the research cruise, in which we will be using the biggest
net onboard (RMT25)...we are getting excited!
Jose Xavier & Jose Seco
4 comentários:
Interessante este estudo, a possível alteração das cadeias alimentares. Nas aulas com os meus alunos, a cadeia alimentar que trabalhei foi a da Antártida. E nos manuais não aparece o zooplâncton, mas sim o camarão da Antártida. Vou falar aos alunos desta questão. Grande abraço do Algarve bem quentinho, onde hoje corri na praia durante a tarde sempre com o sol a espreitar.
Muito obrigado Paulo!!! Zooplantcon abrange todos os organismos marinhos que vao na corrente...incluindo o camarao do antarctico e outros. Esses outros podem tambem ser muito abundatnes como copepodes (ex. Calanus spp...). Se poder ajudar a responder a questoes dos alunos, e so me contatar. Forte abraco com saudades vossas Jose
Nice post Jose. I hope you remember me from the short time during the APECS world summit at Sofia.I am in Antarctica too at the Indian research Station. The sea ice here has gone, opening up the area for the top predators like Orcas and Penguins.
Hi Anant! Of course I do. I wish you all the best with your expedition! Keep with the excellent work and see you in the SCAR conference in case you are coming. All the best Jose
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