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Esta poderia ser mais uma viagem para as Berlengas, uma ida ao Barreiro ou atravessar Setúbal para Troia, onde a segurança dos passageiros é algo assegurado. Quando se planeia uma expedição cientifica à Antárctica, a segurança de todos é levada ao extremo. Desde repetir cenários de emergência, a protegermos a nossa pele com protector solar, andar sempre com botas reforçadas, informar sempre colegas onde estás (caso vás fora do navio dar um passeio) tal como aconteceu quando fui a Stanley (a capital das Ilhas Faklands com 1500 habitantes). Muitas das questões de segurança podem ser facilmente resolvidas com o nosso senso comum (como podem ver pelas fotografias de Hamish Gibson a mostrar equipamento de salvamento e Nathan Cunningham com uma mascara para proteger do fumo) . Se não tem a certeza do que fazer, melhor perguntar!
Antes de deixarmos a doca, tivemos mais 2 reuniões sobre a segurança no navio, isto sem mencionar os vários cursos de segurança que tive de tirar durante a British Antarctic Survey Briefing Conference. É não só importante para os novos cientistas que nunca estiveram no James Clark Ross mas também para os mais experientes, pois a qualquer momento, todos precisamos de todos. Ontem tivemos de voltar a relembrar como usar o sistema de salvamento e de emergência. O que gostei mesmo, foi me aperceber que toda estes preparativos não só úteis durante o cruzeiro mas para toda a nossa vida.
Hoje, o mar está maior, com ondulação de 2-3 metros (coisa pouca). Durante o inicio da viagem já deu para ver baleia Sardinheira (Sei Whales) , albatrozes e os pinguins de Magalhães, estes últimos ainda nas Ihlas Falklands. Estamos todos preparados para começar a recolher dados e de momento estamos num local (estacão preliminar) para testar os aparelhos todos...vai ser em grande!!!!
This could be another boat trip between the margins of the lake Lac Léman in Geneva, or in the Seine, Paris where the matters of safety is assured easily. However, when planning a scientific cruise to the Antarctic, health and safety is taken to an extreme. We have emergency drills, safety meetings and discussions to prepare us for any potential problem that we might encounter. Most of the informaion and solutions to problems, they are mostly common sense and easy to do. Here, in case of not sure what to do, better ask:) During those meetings, they showed us the equipment needed, where to go in case of an emergency and what to do immediately in case there is a problem. Even coming to the Southern Ocean, we had several Health and Safety drills in Cambridge during the Briefing Conference that the British Antarctic Surveys do every year. Today, the sea is bigger (2-3 metres high, which means ok), and mananged to see some Sei whales, albatrosses and penguins. The air is now much, much colder...meaning we are in the Southern Ocean!!!!
3 comentários:
Olá José,
Pelos vistos a viajem tem sido tranquila mas em grande.
É interessante perceper também estes pormenores técnicos que se vão desenrolando até chegar o momento de começar a fazer recolhas de dados e informação.
Por vezes a rapaziada pensa que isto é só embarcar e depois andar por lá a olhar para os pinguins.
É muito bom passar esta informação que ajuda a consolidar a noção da responsabilidade que representa ser-se cientista em campo.
Continuação de boa maré!
Bjs,
Olá querdia Lygia
Obrigado pela mensagem. Na verdade, o mar está a começar a subir the tamanho. Tenho tomado pastilhas para o enjoo que funcionaram uma maravilha...mas isso foi à 3 dias quanto partimos. Vamos ver...Para resistir tenho estado com baleias bem simpaticasque nos acompanham...continua a ser um sonho!
Beijinhos de um bom fim de semana
Jose
Jozé Xavier todo o cuidado é pouco no mar!
Há um ditado antigo que diz:
Marinheiro no mar, avia-se em terra!
No vosso caso, a segurança é tratada meticulosamente em terra e no mar!
Tudo de bom
Abraço
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