Uma das grandes
diferenças entre o meio marinho e o meio terrestre, é que em terra é
relativamente fácil de ver e contar os animais e plantas, enquanto no oceano é
bastante mais dificil. Se desconhecemos
o que se encontra debaixo de água, o que podemos fazer? Primeiro é preciso
saber as caraterísticas da água (se é quente, se é densa, se é muito ou pouco
salgada). Para isso faz-se um CTD. Este
instrumento é usado para determinar a condutividade (C), temperatura (T) e
profundidade (do Inglês Depth; D) do oceano, em que garrafas são fechadas a
determinadas profundidades e recolhem amostras de água dessa região. Para o
nosso estudo de metais pesados, estamos a usar água onde a quantidade de
clorofila (que se encontra dentro das plantas) é maior e aos 500 metros de
profundidade, onde os valores de clorofila serão muito baixo. Assim, ao filtrar
estas amostras vamos poder saber a quantidade de metais pesados nas quando há
muita ou pouca clorofila.
Depois de sabermos
as caraterísticas da água, o próximo passo é conhecer que animais marinhos
vivem lá. Usamos diferentes tipos de redes para apanhar diferentes tipos de
animais. Por exemplo, para apanhar pequenos organismos na coluna de água usa-se
MAMOTH. Este instrumento é um conjunto de 9 redes com uma malhagem muito fina
(de 300 microns) usada verticalmente. As nossas primeiras redes apanharam
maioritariamente larvas de camarão do Antártico, salpas, muito fitoplâncton, e
alguns crustáceos (copépodes, anfípodes) em pouca quantidade. Estes organismos
foram guardados para futuras análises. Estamos agora
exatamente a 60º Sul e 47º Oeste. Várias espécies de predadores de topo alimentam-se
nesta região.
Diz-nos isto com toda a certeza pois temos colegas nossos nas
colonias de algumas espécies (Otárias do Antártico, pinguins gentoos e pinguins
de Barbicha) a colocar GPS nos animais. As viagens de alguns pinguins de
barbicha está abaixo. A nossa colegas Claire Waluda está a coordenar um website
(www.bas.ac.uk/project/krill-hotspots) e um twitter (@clairewaluda and
@BAS_News) da expedição, particularmente relacionado com os predadores. O nosso
objetivo é assim comparar o que encontramos no oceano com o que os nossos
colegas estão a encontrar na dieta dos predadores. Temos também alguns colegas a bordo de um
barco Norueguês que esta a pescar camarão do Antártico nesta região do oceano
austral, o que nos ter outro termo de comparação para os nossos resultados. Com esta
intensidade de trabalhos passámos a trabalhar 12 horas seguidas, das 6 da tarde
às 6 da manhã, horário da noite. Sim, aqui apesar de estarmos a 60º Sul, há
algumas horas de noite (entre as 10 da noite às 3 da manhã). E porquê lançar as
redes a estas horas? Porque no período da noite muitos animais vêm das
profundezas para se alimentar junto à superfície (< 200 metros de
profundidade), o que nos permitirá aumentar as nossas probabilidade de os
apanhar nas redes. Estamos a falar particularmente de peixes, lulas e o zooplâncton
(como o camarão da Antártida). Assim, com estes
pequenos passos estamos a conhecer melhor a biodiversidade Antártica. O nosso próximo objetivo é usar redes maiores
para apanharmos organismos marinhos maiores, como peixes e lulas, além do
camarão do Antártico em quantidades significativas…estamos ansiosos!
One of the main
differences between the marine and the terrestrial environment is that in land is
relatively easier to see and count animals and trees (at least the obvious one’s),
whereas in the odcean is much harder to see anything beneath the surf. If we do
not know what is in the ocean, what can we do? Well, first, we need to study
the porpoertieso f the water (e.g. if it is cold or warm, if it’s dense or
salty). For that, we use CTD, and
instrument commonly used in oceanography to determine the conductivity (C), Temperature
(T) and Depth (D) of the Ocean, in which bottles are closed in certain depths
to collect water from that region. For our study in trace metals, we use water
where chlorophil is higher and at 500 meters (where the values are naturally
low). By filtering these samples of water, we will start to know the quantity
of trace metals and where they are located. After learning about the propoeties
of the water, we wish to leaern more about the animals that live in the
Southern Ocean. We use a range of nets that catch marine organisms in the water
column. As an example, the last few days we used MAMOTH, a multinet instrument
with a net with 300 microns used vertically. We have been catching small
Antarctic krill, salps, fitoplancton, and small crustaceans (copepods,
amphipods) in small quantity. These have been ketp for further analyses in the
laboratory. We are exactly now at 60S and 47 W, where numerous predators feed. We
know this because some colleagues of ours are GPS tracking chinstrap gentoo
penguins and Antarctic fur seals. The trips shown are from chinstrap penguins.
Claire Waluda, who is also onboard with us, is coordinating a website (www.bas.ac.uk/project/krill-hotspots)
and twitter (@clairewaluda and @BAS_News), wheere yuo can obtain further
information. Our goal is to relate what our research cruise compare our data, with tohse collected onboard of an Norwegian
fishing vessel and with where the predators have been going. Now we are on 12
hour shifts, working particularly at night, when fish and other organisms come
closer to the surface. With these little steps, we are learning more about Antarctic
marine biodiversity. Bigger nets will follow to catch bigger marine organisms,
in higher quantities....we are getting excited!
Jose Xavier & Jose Seco
Jose Xavier & Jose Seco
4 comentários:
Olá bom dia,
Sou uma das intervenientes que ontem esteve convosco em directo a partir da Escola Secundária de D. Duarte em Coimbra. Foi uma bela experiência, obrigada pela vossa disponibilidade. Fazemos votos de que tudo corra bem e a partir de agora vamos acompanhar a vossa "aventura" científica aqui pelo blog! :-) Parabéns!
Alexandra Amaral
Querida Alexandra Muito obrigad por esta mensagem!!!! Que bom saber que gostaste. Beijinho grande da Antartida Jose Xavier (e Jose Seco)
Olá boa tarde, aqui do Algarve um grande abraço.
Estou a acompanhar o vosso trabalho e falo aos alunos da importância do vosso trabalho.
Bom trabalho caros amigos.
Paulo Silva
Muito obrigado Prof. Paulo!
Forte abraco para o Algarve
Com Saudades
Jose
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