Gutten morgen!!!
O que mais
gostarias de fazer: trabalho de campo na Antártida ou trabalho de laboratório
na Alemanha? Para mim, a resposta é... ambos (sim, estou a fazer batota, pois a
pergunta exige optar)! Seria ideal ir à Antártida recolher as amostras e depois
ir para a Alemanha analisar as amostras. Na verdade, é mesmo isso que estou a
fazer. Eu explico...
Estou agora
rodeado de crustáceos que estão em várias coleções em museus aqui na Alemanha, que
foram recolhidos há muitos anos por colegas meus. Sinto-me com muita sorte! Ir
à Antártida é maravilhoso mas é deveras dispendioso, exigente e necessita de uma
capacidade logística para apanhar os animais que desejo estudar. Acho que seria
totalmente impossível apanhar todas as espécies que estou a estudar agora num
único cruzeiro à Antártida. Porquê? Porque algumas espécies de crustáceos vivem
em diferentes regiões da Antártida (e lembra-te que a Antártida é do tamanho da
Europa!), em diferentes profundidades (umas espécies de crustáceos junto à
superfície e outras só a grandes profundidades) e seria necessário possuir
redes boas (rápidas, de grandes dimensões e resistentes) para as apanhar.
Daí só possível fazer
este trabalho agora! Demorou muitos anos de esforço de muitos cientistas, de
muitos países, de várias gerações, para reunir todos esta coleção de crustáceos
e todo o conhecimento existente. Já imaginaste que um camarão recolhido por ti,
que deste a um museu, poderá ser muito importante para a ciência daqui a 100
anos? É por isto que os museus me deixam maravilhado. Hoje em dia, para mim o cientista
Claude de Broyer, da Bélgica, é uma autêntica lenda no que toca a crustáceos do
Oceano Antártico. Isto porque cada vez que faço uma pesquisa à procura de
informação sobre um determinado crustáceo, noto que ele já escreveu um artigo
sobre ele! Recentemente, Claude liderou um livro muito importante sobre
biodiversidade no Oceano Antártico (relata mais de 9 000 espécies, 500 páginas
e mais de 3kg de peso!!!). Reune muito do trabalho sobre a distribuição e
abundância de muitos crustáceos e já o usei um número ilimitado de vezes. Ele é
super simpático, com um sorriso cativante e demonstra um gosto por aquilo que
faz (muito mais, sempre que alguém diz crustáceo!!!!). Na foto ele está à esquerda de Anton van de
Putte (um jovem cientista, também Belga
e co-autor do livro), que estuda peixes e adora bases de dados e o seu uso
livre. E adivinha onde eles trabalham?
Adivinhaste, num museu!
What would you like to to do? Going to the
Antarctic or work in a laboratory in Germany? For me, the answer is...both!
(yes, I am not playing fair, as the question demanded an option). It would be
ideal to go the Antarctic to collect the samples I need and then go to Germany
to analyse them. Well, that is extacly what I am doing. I explain...While in
Germany, working with colleagues from the Alfred Wegener Institute (AWI) and
University of Hamburg, I am surrounded by amazing collections of crustaceans
from museums and research institutes, collected for many years by colleagues
from around the world. I do feel I am lucky! Going to the Antarctic is truly
wonderful but it is expensive, demanding and needs a considerable amount of
logistics to catch all the crustaceans I need. Indeed, I do find it would be
totally impossible to catch all my study species in a single research cruise.
Why? Because the crustaceans species live in different regions (remember that
Antarctica has the size of Europe), at different depths (some crustaceans live
close to the surface others at great depths) and it is needed to have big, fast
and resistent nets to catch them. After all these years of many scientists putting
so much effort of catching crustaceans that I have at my disposal at museums, I
really appreciate how special museums are. Today there are various scientists
that are very inspiring. Claude De Broyer, from Belgium, is a scientist a
legend when talking about crustaceans. Everytime I do a search about a certain
crustacean, it is very likley that Claude wrote a research paper on it.
Recently, Claude and colleagues produced an important book about Antarctic
biodiversity (9000 species, 500 pages and 3 kg of weight!) that mentions
numerous crustaceans I am working on. I already used in considerably. Claude (in
the photo Claude (on the left) is with Anton van de Putte, another scientist
that contributed ot the book) is a very nice gentleman, always with a smile,
and easily i tis possible to see him enthusiastic about his research
(especially if you mention the word crustacean). And Guess where he and Anton
work? You got it, in a museum!
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