Parece que tive sorte! MUITA SORTE!!!!
A minha chegada à Nova Zelândia, em
Wellington, foi brindada com um sol radioso. Na verdade, segundo os meus amigos
locais, os meus primeiros 4 dias em Wellington foram dos melhores de todo o
Verão. Sol, nada de vento (algo
verdadeiramente notável nesta cidade que também é conhecida como “a cidade do
vento”) e um calor que só apareçe buscar a mochila e ir explorar este lindo pais.
No meu segundo dia, lá tive de ir dar um mergulho, durante a hora de almoço com
alguns dos meus colegas da NIWA...se estás em Roma, faz o que todos os Romanos
fazem!
Após 4 dias em Wellington, eu
tinha de apanhar um avião para Christchurch (a 1 hora de avião, na ilha do sul)
para dar umas aulas no curso de pósgraduação em estudos polares na Universidade
de Canterbury. Nesse dia, o tempo mudou: o vento levantou, a temperatura
baixou, mas ainda estava um sol bonito. E ai percebi o porquê dos meus colegas
me dizerem que em Wellington “isto não é sempre assim!”. E andar de avião na Nova Zelândia é uma
autêntica aventura! O avião era mais
pequeno do que estamos acostumados na Europa, o vento continuou a aumentar e
chegou a ter visto ragadas de vento que literalmente agarrava nas pequenas
ondas increspadas na baia para dar autênticas chuvadas laterais às casas junto
à costa. Estava impressionado e um pouco pessimista para esta viagem.
Ao chegar ao aeroporto para apanhar
o avião, a minha percepção do bonito modo de viver na Nova Zelândia revelou-se
mais uma vez. O check-in é feito automaticamente por nós, ninguém verifica a
tua mala (e isso de vasculhar tudo por liquidos com mais de 100 ml não existe),
ninguém verifica a tua identificação nem o peso da tua mala. Literalmente basta
teres o bilhete e é só entrar no avião. ADORO-TE NZ! Quando o avião se fez à
pista o vento era já muito intenso. Felizmente tinha uma local contigo que me disse
que nem estava muito mau: “não te preocupes! Esta sensação de que o avião se
vai despistar ou cair só dura mais 10 minutos.” Estão a imaginar a minha cara
quando ela disse isto...“MAIS 10 MINUTOS!!!!”. O avião abanava como um carrocel
num Domingo de dia de Feira de Maio. Uns dias mais tarde, um colega nosso que
veio a Wellington nesse mesmo dia , me disse que aterrar foi nos limites, e
confirmado pelos pilotos....eu bem sabia!
Christchurch é uma linda cidade na ilha do sul (que com Auckland e a
capital Wellington reune metade da população de pouco mais de 4 milhões de
pessoas), que surgiu por volta dos 1850´s. A destruição dos terramotos há 2
anos (vai fazer o segundo aniversário do mais forte a 22 de Fevereiro) teve um
impato MUITO grande na cidade mas nota-se a grande vontade de toda a comunidade
desejar voltar à sua vida normal. E
nota-se todos os dias em pequenas coisas. O centro da cidade possui contentores
com um design muito interessante para substituir os inumeros edificios
destruidos. São mais de 10 000 casas e edificios que precisam de ser destruidos
e reparados, desde bancos, a edificios da Universidade, tudo...é mesmo
impressionante o impato que os terremotos causaram. As empresas construtoras
têm trabalho para 10-15 anos, segundo alguns calculos!!!
Os alunos do curso de pós-graduação eram super-interessados. Tive também a
oportunidade de dar uma palestra para toda a comunidade na Universidade, onde a
Catarina, que iria para a Antártica com a equipa da Nova Zelândia no dia
seguinte, este presente. Foi muito bom falar português durante uns minutos e
ver o seu sorriso entusiasta desejosa de ir para o campo.
Os dias fabulosos em Christchurch foram super intensivos com as aulas e
reuniões com as equipas cientificas locais. Estar com Daniela, David, Sira, Clyde,
Paul, Lou...foi um privilegio... Agora está a chover mas para mim, o que já
vivi aqui, se compara a muitos dias de sol! Venha de lá mais trabalho J
It seems that I was lucky! I arrived in Wellington on a sunny day.
Indeed, my first 4 days were classic: sunny, no wind, just perfect sunny days.
My locals friends spent their time warning me that “Wellington is known as the
windy city, so be ready; this is not always like this!”. On my second day I had
to go for a swim. 18 degrees celcius felt pretty nice! On my 4th
day, I had to go to Christchurch to give some lectures at the University of
Canterbury. Flying in New Zealand is far more relaxed than in Europe; no need
for ID´s, you take care of your own bag, just nice and efficient! Loved it!
Really good fun taking off from Wellington on a windy day. The person next to me told me not to worry as
“this feeling of the plane going down and clash will only last for more 10
minutes or so!!!” Imagine my face;))) Christchurch is a beautiful city whose
people is doing their very best to overcome the effects of the earthquake two
years ago. In the city centre is still a way far from becoming what it was but
they are in the right direction. The post-graduate course students were highly
enthusiastic and eager to learn more and more. It was nice to give a general
lecture to the general public in which Catarina, another Portuguese polar
scientist who was going to the Antarctic
the following day, attended my lecture. Happy trip Catarina! Overall, there were busy days in Christchurch
but highly productive. Being with Daniela, David, Sira, Clyde, Lou...was a
privilege...it is raining now but for me, for what I lived already here, it
compares to many sunny days! Work is waiting now...
1 comentário:
A sorte protege os audazes! E depois de 2 dias de viagem para aí chegares, acho que sol, uns mergulhos no mar e alunos interessados são mais que merecidos! :)
Fiquei curiosa com os “contentores com um design muito interessante para substituir os inúmeros edifícios destruídos”! depois tens de mostrar mais fotos…pode ser que se apliquem quando se estiver a restaurar a Alta aqui de Coimbra!
bom trabalho :)
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