terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SEMANA POLAR Out. 2013/POLAR WEEK Oct. 2013: a success

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Durante a SEMANA POLAR INTERNACIONAL de Outubro de 2013, que ocorreu em coordenação com a APECS Brazil, foram envolvidos  diretamente cerca de 10478 alunos, 13 cientistas e 158 professores e educadores de Portugal, Brazil, Reino Unido e Angola. Foram realizadas diversas atividades com destaque para as palestras nas escolas e universidades (21), conferências via skype (8), paíneis de discussão (2), palestras em workshops, simpósios e seminários internacionais (3; onde se esteve em direto na internet),  e interações com alunos  que usaram dados cientificos para os seus projectos cientificos das suas escolas (1). Foram realizadas também várias atividades paralelas nas escolas, incluindo a exposição intitulada  “Nos limites da Ciência” sobre as regiões polares  em coordenação com o Instituto de Educação e Cidadania (IEC) que já tem estado em várias escolas em Portugal, e entrevistas para jornais e rádio. A ligação entre Portugal e Brazil continua a produzir bons resultados, com uma grande adesão das escolas do Brazil. Realçar as skype calls para a Amazónia e para o Rio grande do Sul. De realçar também o contato com o continente Africano, através de Angola. Todos os intervenientes (professores, diretores das escolas/instituições educativas, alunos e cientistas) demonstraram um enorme interesse e foram excelentes na coordenação e planeamento destas atividades, possibilitando aos alunos  novos conhecimentos e experiências. Foi deveras evidente o impato positivo também na comunidade científica tal como a relevância de os alunos/professores levantarem questões pertinentes para a ciência produzida pelos cientistas (levando os cientistas a ajustarem a sua linguagem e a desenvolverem competências de comunicação).
 


During this POLAR WEEK October 2013, that was carried out with APECS Brazil, a total of 10478 pupils/students, 13 scientists and 158 teachers/educators Portugal, Brazil, United Kingdom and Angola. Various activities took palce durante this week, including talks in schools and universities (21), skype calls (8), discussion panels (2), talks in workshops, simposiums and international seminars (3; with these accessible via internet ),  and interactions with students/pupils that used scientific data for their school projects (1). Other activities were also carried out in schools, including the exhibition “Limits of Science” about the polar regions, in coordination with the Institute of Education and citizenship (IEC), that has been in various schools in Portugal, along with interviews to newspapers and radio. 





The connection between Portugal and Brazil continues to produce very good results, with an amazing participation of schools from Brazil. Worth mentioning the skype calls to the Amazon region and to Rio grande do Sul. Also should be emphasized the contact with Angola, in the African continent. 



All participants (teachers, educators, school directors, students/pupils, scientists and the general public) demonstrated a big interest in this initiative  and showed an excellent level in co-coordinating these activities. It was also very positive for the scientists to be questioned about their science, obligating them to improve/adapt their scientific language while talking to students of different age groups while improving their communication skills. 


Next one is already in March 2014...just email educacao.propolar@gmail.com

quarta-feira, 3 de julho de 2013

SEMANAS POLARES






Caros Professores, Educadores e colegas

As SEMANAS POLARES são parte dos projectos "Educação PROPOLAR" e "Profissão: Cientista Polar", associados ao Programa Polar Português PROPOLAR (ver também http://www.propolar.org/), à APECS PORTUGAL (Associação de Jovens Investigadores Polares de Portugal; http://www.portalpolar.com/apecs-portugal.html) e à APECS internacional (http://apecs.is).
As próximas SEMANAS POLARES em Portugal serão entre os dias 2 e 9 de Outubro de 2013 e 22 e 29 de Março 2014. No próximo ano lectivo ofereceremos diferentes formas de celebrar as regiões polares e a ciência que lá se faz. Assim, caso desejem ter um cientista polar português na vossa escola, ou organizar uma skype call com cientistas e professores de outros países (incluindo com o Brazil, com a APECS Brazil, com quem teremos iniciativas conjuntas), devem-nos contactar em educacao.propolar@gmail.com para a SEMANA POLAR de Outubro até 1 de Setembro 2013.

Para mais informações e preparar estas atividades, por favor contacte-nos através de educacao.propolar@gmail.com


BOAS SEMANAS POLARES







segunda-feira, 8 de abril de 2013

International Workshop "Education meets Science"

The International workshop EDUCATION MEETS SCIENCE: BRINGING POLAR RESEARCH INTO THE CLASSROOMS”, organized by the Institute of Marine Research of the University of Coimbra (Portugal), the Alfred Wegener Institute (Germany) and the British Antarctic Survey (UK), with the Museum of Science of the University of Coimbra and the national Agency Ciência Viva, was an initiative, following the success of the teachers/educators workshop at the International Polar Year (IPY) 2012 Conference in Montreal. It was the first workshop that brought polar scientists, teachers and educators together after Montreal. It focused on providing access to tools for teachers and facilitating working together with polar scientists. Also, there is an urgent need for scientists to improve their communication skills, including to the schools communities, the general public, the media and to the policy makers.



The workshop took place in Portugal, as after the IPY, Portugal continued to be very active in polar science and education, being an ideal sunny country with good developed infrastructures to hold such an event. As an example of a non-polar country, it was crucial that the Portugal polar community, along with the others around the world, kept the established momentum going by continuing to engage teachers/educators, along with their schools, students and the general public, in polar education and in understanding the importance of the Polar Regions to our planet.



This eagerly awaited international workshop focused in providing tools for teachers, facilitating working together with polar scientists, and defines a strategy for education and outreach about the Polar Regions.  The main objectives of the workshop were:

-        - Obtain the basic notions of polar science along with the latest results in the different fields

-         - Introduce and discuss methods on polar education to bring polar research into classrooms

-        - Define a strategy for polar educators/teachers for the future


We were truly happy to welcome more than 30 polar scientists, educators and teachers from more than 10 countries from Europe and North America and by producing such successful workshop. 

Please check our facebook page too http://www.facebook.com/groups/445032592244427/



Jose Xavier and Inga May (Organizers)


 
Coordination committee: José Xavier, Inga May, Louise Huffman, Filipa Oliveira, David Walton, Sílvia Lourenço, Alexandre Trindade, Patricia Azinhaga, Filipe Ceia, José Seco, Vitor Paiva, Jaime Ramos and João Carlos Marques


 Organizations: IMAR-CMA (University of Coimbra), Alfred Wegener Institute (AWI), British Antarctic Survey, Ciência Viva, Museum of Science (University of Coimbra)


Endorsed by: Tinker Foundation, Association of Polar Early Career Scientists (APECS), Scientific Committee for Antarctic Research (SCAR), International Arctic Science Council (IASC), Polar Educators International (PEI), Portuguese Polar Programme (PROPOLAR), International Council for Science (ICSU), European Science Foundation (ESF)


sexta-feira, 1 de março de 2013

Voo final Final flight






O tempo voa quando estamos a....trabalhar! E quando se gosta que se faz, o tempo voa... Esta viagem de trabalho à Nova Zelândia tem sido muito intensiva cientificamente. Desde reuniões com os responsáveis do programa cientifico Nova Zelandez, à aulas na Universidade de Christchurch  e às numerosas semanas passadas no laboratório do instituto NIWA, tudo tem sido sempre a uma velocidade assustamente rápida . Wellington, tal como a Antártica em anos anteriores, foi um local perfeito para desenvolver projetos, recolher e analisar amostras, e  estabelecer colaborações.






               O que se aprendeu nesta “expedição” à Nova Zelândia:
-   Lição número 1. Cientificamente, os resultados (ainda estou a terminar as análises das últimas amostras) foram super interessantes. Com os “meus” albatrozes a  cobrir diferentes áreas do oceano Pacifico, desde a Antárctica a águas tropicais, e alimentam-se muito de cefalópodes (lulas, potas e polvos), não sabia o que esperar. Será que se vão alimentar de espécies diferentes?  Na verdade ambas se alimentam das mesmas 40-50 espécies de lulas, mas em quantidades totalmente diferentes. Analizou-se 132 amostras (boluses, que consite em tudo o que o filhote não consegue digerir, que normalmente são os bicos), e 21 641 bicos de cefalópodes dos últimos 10 anos. O albatroz Diomedea exulans antipodensis, que se reproduz na Ilhas Antipodas (a sul da Noza Zelândia) vão à procura de comida em todo o Pacifico Sul, entre a Noza Zelândia e o Chile, e alimentaram-se mais de uma espécie de águas frias (por exemplo, Moroteuthis knipovitchi) do que nos outros locais. O albatroz Diomedea exulans gibsoni, que se reproduz nas Ilhas Aukland (particularmente nas ilha Adams), explora a outra parte da Nova Zelândia até à Austrália, alimentam-se de espécies de águas mais quentes (Moroteuthis ingens). Ambas as espécies continuam a alimentar-se abundamente de espécies de águas intermédias (Histioteuthis atlantica, Taonius sp. B (Voss)). Muito interessante pois isso releva o papel das lulas, não só na dieta destes albatrozes mas também a sua importância nas cadeias alimentares dos Oceanos.
-  Lição número 2.  A Nova Zelândia é lindissima. As pessoas, as cidades, o seu modo alegre e feliz de viver no meio da Natureza, é cativante. Possuem uma linda história, e o povo Maori está bem integrado. Sente-se se estamos numa ilha. Pode estar sol de manhã e à tarde pode estar a chover torrencialmente. Gostei de notar a resiliência das pessoas em Christchurch em continuar a voltar a pôr a cidade de pé (no dia 22 de Fevereiro faz 2 anos que o terramoto destruiu literalmente a cidade).  As pessoas são educadas, humildes e trabalhadoras, similar a todos os países de pequena dimensão mas de alma grande. A Nova Zelândia tem uma ligação forte com a Austrália e com o Reino Unido (nota-se pelos programas da televisão) e o raguêbi, o cricket e surpreendentemente o nosso futebol, imperam . A última notícia mais alarmante, além do possível tsunami e o terramoto nas ilhas Salomão, foi o ataque fatal de um tubarão branco a norte de Auckland (já não ocorria alog assim desde 1976). Logicamente que quando dei o meu último mergulho, após o jogo de futebol das Terças-feiras ao almoço com a equipa do instituto, não nadei para muito longe.  E subir a “montanha” todos os dias de bicicleta foi o meu ir às colónias de pinguins...
-  Lição número 3.  O desafio pessoal existe sempre. Além da ciência, do muito trabalho e de conheçer um novo país, é importante evidenciar os desafios pessoais destas “expedições”. Estar longe mais 2 meses da nossa família, dos nossos amigos e das pessoas que nos são querida é sempre duro. As longas horas no laboratório, ou no campo, fazem-nos estar super focados no trabalho e sempre atarefados. A equipa que me recebeu foi sempre muito profissional e facilitou ao máximo o meu trabalho.  Quanto as coisas correm bem, tudo parece mais fácil...e percebe-se quando estamos perante uma boa equipa. Tudo é aparentemente fácil. Só depende de ti para teres bons resultados. E isso é fantástico.
A paciência de todos dos que nos são queridos é surprendente...e como estou agradecido a todos voçês por isso. São 12 ou 13 horas de diferença. Engraçado ouvir o futebol às 9 ou 10 da manhã, receber telefonemas no meio da noite, ou abrir a minha caixa do correio electrónico e ter 40-50 emails como eu tivesse estado parado no tempo (na verdade são os emails dos colegas que trabalham na Europa)...e vale a pena todo este trabalho? Espero que sim....
Felizmente o tempo voa...

Time flies when you are having fun....in this case working! And when you have the privilege to do what you enjoy doing, time really flies. This trip to New Zealand was pretty intensive. From meetings, to lectures, to many hours in the laboratory of NIWA, everything has been taking place in a fast pace. Wellington, such like in other years in the Antarctic, it was the perfect location to develop research projects, collecting and analyzing samples and establishing collaborations. What has been learned in this “scientific expedition” to New Zealand? Lesson number 1. Scientifically, the results are pretty interesting. “My” albatrosses cover huge areas of the Pacific ocean, and fed on more than 40 species of squid. I analyzed a total of 132 samples (Blouses, that consist of all undigestable material, including beaks), 21 641 cephalopod beaks from both albatross species (Diomedea exulans gibsoni and D. e. antipodensis) from the last 10 years. The one that spends most of their time in eastern Pacific waters (D. e. antipodensis), from New Zealand to South America, they fed most on Histioteuthis atlantica but my mass Moroteuthis knipovitchi was surely pretty relevant. The other albatross (D. e. gibsoni) that forage mostly in western waters, between New Zealand and Australia, they also feed mostly on Histioteuthis atlantica but with Moroteuthis ingens boosting their importance by mass. Very fascinating!!!! Lesson number 2. New Zealand is beautiful. The people, the cities, the life style of living within nature, ís truly great to see. New Zealand also has a beautiful history, with the Maori people well integrated and keeping their culture well alive. The only alarming news was the fatal white shark attack north of Auckland (nothing happened nothing similar since 1976). Logically, on my last swim after the football match with the NIWA team, I did not swim very far...Lesson number 3: The personal challenge continues. Beyond science and the lot of work with it, it is truly important to acknowledge those personal challenges you face during these “expeditions”. Being away for another 2 months from family, friends and those more close to us, is always tough. The team that welcomed me in New Zealand made it much easier, by making everything feel like home. Even the sun stayed most of the weeks....I thank everyone!!! Was worth all this effort? I hope so....thank God, time flies....