domingo, 29 de março de 2009

Jovens cientistas! Early Career Scientists rocks!!!

Latitude: 55.15 Sul/South
Longitude: 41.21 Oeste/West

















(Peter Enderlein, Sophie Fielding, James Screen, Anton Van de Putte, Yves Cherel and Johnnie Edmonston a festejar mais um biscoito antes de irmos para o laboratório)

Quando se pensa num cruzeiro cientifico, tem-se logo uma ideia que quem vai neles são só cientistas muito conceituados, mais para a meia idade,....ou seja, que fosse uma seca! Puro engano amigos...



















(Hugh Venables estuda a oceanografia do Oceano Antárctico, desde correntes, as suas temperaturas...e como afecta a vida dos animais)
























(O jovem cientista Peter Ward, que estuda pequenos organismos no oceano Antarctico chamados amfipodes e copépodes à mais de 30 anos!)

Nestes cruzeiros internacionais, contêm uma grande número de jovens cientistas, a realizar muito boa ciência. Isto deve-se a muitos estarem em projectos cientificos que exige trabalho a bordo do cruzeiro, o que é excelente. Toda a dinâmica do navio é afectada por ter tantos jovens!
























(Daria Hinz, uma jovem cientista (em preto), a obter mais um aparelho de recolha de àgua, chamado Go-flow, que lhe fornece informações sobre o que compõe a água para estudos associados à produtividade dos oceanos: mais sais e nutrientes, mais vida!)


Neste cruzeiro temos estudantes a tirar o doutoramento (Daria Hinz - USA, Sebastian Steigenberger - Alemanha), pós-doutoramento (Anton Van de Putte- Belgica, eu) e vários outros jovens investigadores (Hugh Venables - UK, James Screen - UK, Ruth Hicks - UK,)...todos jovens investigadores com "sangue na guelra"!


















(eu em mais umas medições de peixes lanterna, que são dos mais abundantes na Antárctica e servem de alimento a pinguins, focas, baleias, lulas, outros peixes...uma festa!)


A Associação de jovens investigadores polares (Association of Polar Early Career Scientists - APECS; www.arcticportal.org/apecs) tem tido um papel muito importante durante o Ano Polar Internacional (www.ipy.org) na carreira destes jovens cientistas, organizando conferências e oficinas de trabalho (workshops) sobre temas importantes às suas carreiras, informá-los sobre o que se passa ao nível de emprego, dar-lhes informações de como melhorar o seu curriculo e obter contactos com cientistas de topo para obter novas oportunidades nas suas carreiras. Assim, os jovens cientistas polares são dos mais bem preparados e bem organizados logo a partir do inicio das suas carreiras...brilhante!




















(Anton van de Putte, eu, Angus Atkinson e Yves Cherel prontos para ir à pesca: Angus e Yves são autênticos "jovens cientistas" e tão entusiastas que é um prazer estar com eles. Estamos todos a colaborar num projecto internacional relacionado com o Oceano Antárctico)

















(Geraint Tarling, um dos grandes cientistas que está sempre bem disposto...e pronto para estudar o camarão do Antárctico krill Euphausia superba)





Mas gostaria de evidenciar que o carisma de ser um "jovem cientista" não tem idade. Muitos dos cientistas que estão a bordo têm tanta alegria no seu trabalho como os jovens cientistas. Na verdade, no laboratório sentimos que somos todos da mesma idade, o mesmo fascínio pelas espécies que aparecerem, aquela curiosidade de querer saber mais e de levantar mais questões...um paraíso sem dúvida!

















(Mick Whitehouse a explicar a importância dos nutrientes no Oceano Antárctico: se não houver nutrientes fundamentais na àgua, como o ferro, as algas têm dificuldades em se multiplicar)



If you think that in these scientific cruises is just only top scientists, old, boring...think again! It is true that there are top scientists on board, but they include top young researchers too...and all of them are as keen as everyone. That is why such scientific cruises are great to be in. In this one, we have Ph.D. students (Daria Hinz - USA, Sebastean Stegeinberger - Germany), post-doctoral researchers (Anton van de Putte - Belgium, me) and other young researchers (Hugh Venables, Ruth Hicks, James Screen all from UK), just to mention a few. The Association of Polar Early Career Scientists (APECS: www.arcticportal.org/apecs) has been brilliant during the International Polar Year (www.ipy.org) in promoting conferences and workshops all over the world, in advertising new jobs and opportunities to young researchers and provide them with tools to be the best in their research fields in the polar regions. But do not get mistaken...a good scientist have no age: everyone on board is as exciting as everyone else, no age applied. It is great fun to be in the laboratory with good discussions and questions coming from everyone. The silly thing to do is...to be quiet and shy when having a good question:)))

sexta-feira, 27 de março de 2009

A importância dos dados! The importance of data (by Nathan Cunningham)

Latitude: 56.45 Sul/South
Longitude: 42.14 Oeste/West

















(Nathan Cunningham, British Antarctic Survey)


Além dos cientistas e dos membros marinheiros do navio James Clark Ross, existe um grupo de pessoas que não são nem um nem outro. Eles são aqueles que ajudam a tudo a correr bem...são aqueles que nos ajudam no apoio informático (Johnnie Edmonston), assistente logístico e de operações (Julian Klepacki) e aqueles que têm como preocupação em cuidar dos dados que se vão obtendo. Vamos falar sobre este últimos! Nathan Cunningham é o responsável por assegurar que os dados recolhidos são fidedignos (quando optidos por aparelhos cientificos de satélite) e podem ser usados pelos cientistas, quer agora querpor cientistas no futuro. Durante os 9 anos que trabalha na British Antarctic Survey, ele criou bases de dados para que os cientistas ao recolherem os seus dados, os regista-sem de um modo que pode-se ser usado não só por eles mas também pelas gerações futuras de cientistas. Hoje em dia, muitos dos estudos com mais impacto baseam-se não só nos dados que estamos a recolher mas também dados que foram recolhidos por colegas nossos à 5, 10, 15, 30 ou mais anos. O caso do estudo das alterações climáticas é o caso mais obvio...se não fosse o Nathan e os seus colegas, possivelmente não poderiamos analisar tão bem o problema. Nathan asseguram-nos que os dados que estamos a recolher podem ser utéis para as gerações futuras os poderem utilizar...mas não só. Com a quantidade de dados bem recolhidos, e disponíveis, actualmente novas colaborações, novas ideias surgiram...e de um modo muito mais rápido!

Aqui ficam as suas palavras, redigidas por ele mesmo, do que faz:


















(Map of where the ship is at present in relation to sea surface temperature. Nathan produces most of the amazing maps, getting together information from the ship, from satellites and from scientists)


We spend a lot of time on the cruise trying to measure and understand the Antarctic marine environment, so we can answer questions like how it might respond to climate change? To answers these big environmental questions the scientists need lots and lots of data.


















(Icebergue no meio do Oceano Antárctico|Iceberg in the Southern Ocean. Photo taken by Nathan C.)


Measurements of quantities, measurements of qualities, measurement of measurements, measurements of time, a measurement of space and the list goes on. My work as a data scientist is to help fit all these data together into the bigger scientific picture about Antarctica and climate change.



















(Baleia sardinheira Balaenoptera borealis |Fin whale; Photo taken by Nathan C.)


The exponential growth in the amount of environmental data means that revolutionary measures are needed for data management, analysis and accessibility. Data science is the activity of organizing, representing and making information accessible to both humans and computers. It has become an essential part of environmental science especially in multidiscipline institutes like the British Antarctic Survey (BAS), where you have to combine the expertise of a lot of different scientist to understand something as complex as the Antarctic environment.


















(Petreis Daption capense|Cape Petrels| Photo by Nathan C.)



Antarctica and it surround Southern Ocean is an amazing place with an abundance of species specially adapted to live in this cold wilderness. I have been at BAS for about 9 years now and been lucky enough to visit Antarctica every year. I have spent most of my time working on science cruises in the region of South Georgia, the Antarctic Peninsula and the ice edge and consider myself to be lucky at having the opportunity to work and experience such an inspiring and beautiful place.

quinta-feira, 26 de março de 2009

James Clark Ross: polar science for the planet!!!!

Latitude: 56.46 Sul/South
Longitude: 42.16 Oeste/West




(James Clark Ross at South Orkneys, Antarctica)


O James Clark Ross é considerado um dos melhores navios cientificos do mundo, estando ao lado de navios como o Germânico POLARSTERN ou o francês MARION DUFRESNE. E um navio destes precisa de uma boa gestão...





(Capitão/Captain Graham Chapman in his workplace)



(Robert Paterson, Chief Officer, in one of those stormy days that attention and vigilance is important)


O que faz este navio ser um sucesso é percebermos que todos somos parte de uma equipa! Uma equipa em que todos fazemos esforços para que o objectivo principal de obter dados cientificos importantes sejam obtidos. A bordo temos mais de 20 cientistas de todo o mundo mas também temos uma vasta equipa de marinheiros, engenheiros, cozinheiros, ajudantes...um grupo de pessoas que nos apoiam e nos possibilitam estarmos a 100% cada dia que passa. E mais importante, sem eles, esta expedição cientifica não seria possível.

O capitão Graham Chapman e o chefe oficial Robert Paterson são 2 excelentes profissionais, muito cientes do trabalho a fazer e com uma alegria todos os dias que é bom de ver, mesmo nos dias em que o estado do mar está mau.



(Simon Evans, 2nd officer, with the crew member James Mcilhatton searching for wildlife and icebergs)


Para termos a certeza que o navio funciona, é necessário um grupo de engenheiros para vigiar os sistemas electricos dos motores do navio, toda a parte de engenharia do navio (sistemas de refrigeração, de aquecimento), entre muitas outras obrigações. O James Ditchfield, Steven Eadie e Glynn Collard, supervisionados por David Cutting, asseguram-nos que o navio continua a flutuar.



(James Ditchfield and Steven Eadie on the engine control room)




(Glynn Collard in one of the most exciting parts of the ship)

E quem nos ajuda quando colocamos os aparelhos cientificos na àgua? Eles são vários e com um entusiasmo tal como nosso...e com uma gentileza...em grande!



(George Stewart and Clifford Mullaney helping us deploying a Bongo net. Many others, including Derek Jenkins, John O´Duffy, Colin Leggett, Mark Robinshaw, Carl Moore, James Mcilhatton and Andrew Campbell have been helping us, the scientists tremendously)




(Peter Enderlein e Simon Wright, an example where Science and JCR crew go together to take science further)


Quanto à comida, o Keith e o Glen fazem as nossas alegrias diárias. Sempre dispostos a satisfazer as nossas necessidades gastronómicas. Só para vos dar uma ideia, hoje o jantar foi uma soupa de tomate, com prato principal de massa chinesa com camarão (e eram grandes) e uma tarte de maça com direito a gelado de baunilha...divinal!




(Derek Lee, Kenneth Weston and Colin Motte at the Salon dinner Hall ready to serve us the best food ever!)




(Glen Ballard, our great chef for our midnight meals!)





(James Newall and the chef Keith Walker...just before preparing another amazing meal for everyone at dinner time. Thank you guys!)



Mas esta união de sucesso extende-se ao estarmos em forma. A médica a bordo, Nerys

Lewis, organiza ginástica e exercicios 3 vezes por semana. Não há desculpas para não estar em forma!











(Ruth Hicks, Anton Van de Putte, Geraint Tarling, me, Alexander Spooner (3rd Officer) and the doctor Nerys Lewis ready to exercise!)






The RRS James Clark Ross (JCR) is well recognized to be one of the best research vessels in the world. To achieve such success it has to come through a lot of hard work. The secret of a lot of the success is the team work between the JCR crew and the scientists. From the Captain Graham Chapman, through Robert Paterson, the engineers team (lead by David Cutting), the deck crew (lead by George Stewart), the amazing chefs (Keith Walker and Glen Ballard), the stewards...everyone is simply fantastic at their jobs! To make the science we definitely need such a great team being us. Our results have a lot of contribution from all of them!!! Thank you all. Let´s the science continue...

terça-feira, 24 de março de 2009

Queremos pinguins! Penguins needed!

Latitude: 58.01 South
Longitude: 43.04 West
















(Pinguins rei Aptenodytes patagonicus na Georgia do Sul; King penguins Aptenodytes patagonicus at South Georgia)

Eu adoro animais!!!! Sejam eles pequenos, grandes, com 1 perna ou com muitas pernas. Na Antárctica, temos de tudo e o Oceano Antárctico é um autêntico paraíso. Desde ao peixe mais estranho que alguma vez vi, às lulas, e claro aos albatrozes, focas e baleias....mas os pinguins são definitivamente um dos favouritos de todos que gostam da Antárctica. O que custa é não poder ir ter com eles enquanto estiver aqui no navio...



















(Yves Cherel com uma T-shirt muito gira que dá para ver quais são os seus animais favouritos & Johnnie Edmonston, responsável pelos sistemas informáticos a bordo)

Estar no navio tem essa particularidade de estar no Oceano Antárctico mas sem tocar nalgumas coisas que vemos: vejo os albatrozes no ar mas não posso tocar, vejo as focas na àgua e nada...os pinguins a "falar" connosco quando estamos a por os aparelhos de pesca na àgua...e custa tanto não poder ir nadar com eles! Mas vou ter a desforra quando estiver em Bird Island, na Geórgia do Sul...
















(Elefante marinho Mirounga leonina na Geórgia do Sul. Calmos, porreirinhos...os pachorrentos da ilha)

















(Otária do Antárctico Arctocephalus gazella, em inglês, Antarctic Fur seal. São os curiosos que correm atrás de mim para ver qual o meu sabor...uns malandros cá do sítio!)

No entanto isso aplica-se apenas a esses animais, pois aqueles que aparecem nas redes cientificas, é uma alegria. Existem espécies com uma beleza fantástica. O peixe do Antárctico Poromitra crassiceps é um dos peixes mais fascinantes que alguma vez já vi. Não só devido ao seu ciclo de vida e de viver a grandes profundidades mas morfologicamente é daqueles peixes que nos deixa de boca aberta: a sua cabeça parece uma armadura dos cavaleiros do século XV...magnífico!

















(O peixe do Antárctico Poromitra crassiceps)

Outra espécie que me fascinou, mas por razões cientificas foi a lula/pota Psychroteuthis glacialis, que encontramos na última estação cientifica. Esta espécie deixa-me com um sorriso nos lábios não pela sua estética mas pelo que representa no ecosistema marinho da Antárctica.













(Lula/pota do Antárctico Psychroteuthis glacialis)


Esta lulinha "meia-leca"´tem um importante papel na dieta de várias espécies de pinguins e albatrozes, incluindo o pinguim rei e o pinguim emperador. Mais, encontramos 2 grupos de tamanhos de lulas desta espécie nas dietas e ainda não temos a certeza se essa diferença de tamanhos deve-se a dimorfismo sexual (machos e fêmeas terem tamanhos diferentes) ou possivelmente serem espécies diferentes.


(Pinguins emperadores Aptenodytes forsteri debaixo de àgua. Foto tirada por Jessica Meir, uma amiga e jovem cientista que estuda estes pinguins)
Assim, dá para ver que não só está tudo a correr bem e onde quer que eu esteja...vou estar com um sorriso! Até amanhã...
I love animals!!! Either big, small, with one leg or loads of legs, it does not matter. In the Antarctic, there is everything and is ultimately an amazing paradise. From the strangiest fish I have ever seen, to squid, seals and albatrosses...and of course, penguins. What is hard when on the ship is that you can see these big animals (seals, penguins, albatrosses) but can not touch them! However, this only applies while I am on the ship because when I get to Bird Island, South Georgia, I will be able to be with pinguins. However, on the ship, it is a privilege to work with animals that are simply AMAZING. The Antarctic fish that showed up in the last research station Poromitra crassiceps whose head looks like an armour used by soldiers in the XV century. Another amazing species found was the Antarctic squid Psychroteuthis glacialis. It looks like nothing special morphologically but its role in the Antarctic ecosystem is truely extraordinary, being important in the diet of various predators, including in emperor penguins diet. Looking forward to our next research station...tomorrow:)))

sábado, 21 de março de 2009

Grande dia de Ciência! Great day of science

Latitude: 59.41 South



Longitude: 44.03 West


















(Lula do Antárctico Galiteuthis glacialis; the Antarctic squid Galiteuthis glacialis)

Acabamos de terminar a estação chamada C3. Foram 2 dias excelentes a todos os níveis. Mesmo a trabalhar em turnos de 12 horas (6 da tarde até 6 da manhã), passo maior do tempo extra também no laboratório ou a correr o navio a tirar o máximo partido da viagem. Ao nível cientifico, foi excelente: começamos a perceber como este ano é consideravelmente diferente do ano passado, com camarão do Antárctico (Euphausia superba) estar em poucos números este ano (sabendo que nas àreas deveria haver muito devido aos pinguins que adoram camarão terem-se reproduzido muito bem nas ilhas próximas), termos finalmente recolhido amostras com espécies que ainda não tinham aparecido este ano nesta àrea geográfica e de ter encontrado espécies de uma beleza rara.
(Camarão do Antárctico Euphausia superba; Antarctic krill Euphausia superba)

Em relação ao último caso, foi interessante termos apanhado uma espécie de lula (mais correctamente deveria dizer pota) do Antárctico, Galiteuthis glacialis, que apesar de ser muito comum nas redes que estamos a usar, raramente encontramos uma viva e de boas condições. Foi fantástico aprender como ela se move e como respira. O seu corpo é praticamente transparente e nutricionalmente, possui pouca energia. Ou seja, quando encontro os bicos (ou mandíbulas) desta lula na dieta de predadores (albatrozes, pinguins ou focas), fico sempre a pensar que os albatrozes ou os pinguins as consume mais como aperitivo...



















(Gabi showing James the cranchiid squid Galiteuthis glacialis)


E porque será que esta estação se chama C3? Sim, o número 3 significa que é a estação 3 mas o que quererá dizer o "C"? Curioso... o "C" significa "condensed" de condensado. Esta estação tem inúmeras actividades cientificas que precisam de ser realizadas num determinado periodo de tempo limitado, daí concentrar...simples, não é? Tudo tem uma lógica...

Ao nível de diversão foi brilhante pois enquanto estavamos a colocar aparelhos na àgua, tivemos várias vezes, pinguins chinstrap como companheiros...maravilhoso foi mesmo ouvir eles a tentarem comunicar connosco e quando respondiamos eles aproximavam-se no navio...brilhante!
























Great two days of science!!!! We have just arrived at station C3. Even working 12 hours on and 12 hours off, we all spend time extra in the laboratory or running around the ship taking the best of the journey. It has been extremely busy. Scientifically speaking, it has been truely interesting: from the data from the acoustics (that assesses what exists in the water using sound), it shows that this year is considerably different from last year, with less Antarctic krill Euphausia superba in the water. Knowing that krill is a keystone species in the Antarctic marine food web (i.e. krill is important in the diet of numerous species of fish, squid, penguins, seals, albatrosses, whales,...), it is quite important to know what is going on. Even more interestingly, penguins breeding in nearby islands that feed on krill , had a good breeding success. So where did it come from? Therefore it is quite important to look into detail to the data collected and add other parameters (currents, water temperature,... ) to understand better the driving factors of the marine environment. Also found amazing squid species. Galiteuthis glacialis is a very common squid species in the diet of top predators (seals, penguins, whales, albatrosses), and usually only see its beaks in the diet samples, but today we caught a specimen in a very good condition. It was fascinating watching it moving across the water and seeing how beautiful it is.... more good days will come...I feel it!